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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 8

 

Amanhece mais um dia na aldeia Druida. Uma, provável, manhã de um domingo. Os Druidas tinha um sistema interessante de contar os dias. A cada 6 dias de trabalho e afazeres o sétimo era dedicado ao descanso, e lazer com os familiares e amigos, algo bem próximo ao que fazemos hoje. Este dia que nascia era o dia de descanso. Neste dia os Druidas preparavam uma cerimonia ao amanhecer, onde todos os outros habitantes da aldeia participavam desta cerimonia, como se fosse um culto ou uma missa. Nesta cerimonia eles oravam aos seus deuses lhes pedindo o que fosse necessário. Por exemplo, em época de plantio pediam a deusa Epona, deusa da terra e da fertilidade e a Sucellus, deus da fertilidade para que abençoassem as sementes que seriam plantadas e fizessem com que elas germinassem, fazendo com que a colheita fosse produtiva.

Tudo estava indo normalmente. A celebração chegou ao fim. Os habitantes se dirigiam as suas casas, os Druida de volta a sua aldeia, quando no meio do caminho encontraram Karion.

- Bom dia, meus amigos Magos! – disse Karion.

- Bom dia, meu amigo guerreiro! A que devemos este encontro? – Perguntou o Ancião.

- Vim buscar Owen, o Escolhido. Tenho que leva-lo a um amigo. Temos um presente a ele.

- Tudo bem – respondeu o Ancião – mas onde mora este seu amigo?

- Ele vive nas montanhas de Motray, próximo a floresta élfica de Viliphen.

- Podem ir. Mas peço que tomem cuidado ao atravessa a floresta. Sei que ela é protegida pelos elfos, mas mesmo assim existem perigos escondidos nela.

Karion assoviou e de dentro da floresta surgiu um lindo cavalo negro, o qual parou próximo a Owen convidando-o a subir em suas costas. Owen montou e se segurou nas longas crinas daquele belo animal, quando em um movimento repentino saíram cavalgando deixando os demais Druidas para trás.  A viagem até as montanhas de Motray demora 1 dia de cavalgada. Cavalgaram pelas planícies até avistarem a floresta de Viliphen, lar dos elfos, os melhores arqueiros que se podia encontrar em todo o mundo.

Os elfos são seres muito amigáveis, exceto com os anões. Existe uma pequena intriga com os anões, mas isso é outra história. Elfos tem uma visão muito aguçada, por isso são excelentes arqueiros, melhores até que os centauros. São seres muito belos, de longos cabelos e orelhas pontudas. Possuem um aspecto humano, mas a pele é de um tom esverdeado. São os protetores da floresta e sua energia vem das arvore. São excelentes artistas, possuem conhecimento na fabricação de armas, e são exímios arquitetos. Suas casas são construídas nas arvores. Possuem o dom de se tornar invisíveis em meio à floresta. Não toleram seres que destroem a natureza e se preocupam em protegem tudo e todos que habitam a floresta. Além disso, possuem o poder da cura, o que os torna quase imortais, afinal de morte natural não se tem conhecimento de nenhum que tenha falecido. São, realmente, seres fantásticos.

Chegando à entrada de Viliphen, foram recebidos por Niben, o rei dos elfos.

- Sejam muito bem vindos a terra sagrada dos Elfos de Viliphen!

Karion e Owen se curvaram ante o elfo que disse:

- Por favor, meus amigos. Somos todos irmãos, filhos da mãe terra. E se teu alguém que deve se curvar sou eu ante o escolhido. – disse Niben, apontando para Owen.

- Pedimos que nos deixe passar por suas terras, pois precisamos chegar às montanhas de Motray, tenho uma coisa para buscar lá. – disse Owen.

- Claro! – Disse Niben, entusiasmado – Para mim é um prazer ter o escolhido em nossas terras. Peço para que aproveitem e descansem um pouco em nosso vilarejo. Continuem a jornada depois de provarem nossa bebida. Depois peço aos meus guardas para acompanharem vocês. Temos um atalho para as montanhas.

Owen e Karion se olharam e aceitaram a proposta de Niben. Ficariam um tempo descansando na Vila dos Elfos.

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