Translate

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 10

Por dentro da montanha se formava outro mundo. Ao entrar pelo portão havia um salão principal, uma praça, enorme. O teto parecia o céu estrelado, mas o que brilhavam não eram estrelas e sim cristais e pedras preciosas o chão era feito de pedra bruta que parecia mármore. Colunas gigantescas sustentavam o teto da praça principal, onde ficavam os mercadores. Goblins, Orcs e Anões, cada um com sua barraca. Cada um com seus produtos. Os produtos lá vendidos não eram encontrados em nenhum outro lugar, principalmente as ervas cultivadas e o metal com que eram feitas as armas dos Anões, o mitiron. Era praticamente um mercado livre, onde qualquer pessoa, ou ser, poderia vender o que quisesse.

Passaram pelo meio das barracas pela rua central, até uma escadaria. Karion indicou onde Owen poderia deixar o cavalo, pois de agora em diante iria a pé. Owen fez o que Karion lhe indicou. Começaram a subir as escadas entalhadas no interior da montanha. Owen estava maravilhado com toda a beleza que a imensa montanha escondia. Chegaram ao alto da montanha onde varias portas podiam ser vistas. O caminho para estas portas era variado. Para algumas o caminho era feito pela montanha, outras possuíam pontes feitas de cordas e madeira que ligavam varias delas a estrada principal, que ficava no topo da escadaria, onde Owen e Karion se encontravam no momento.

Karion tirou de dentro de sua bolsa um pergaminho, um mapa da montanha. Olhou bem e chamou Owen para segui-lo. Seguiram por uma estrada que estava na encosta da montanha. Após outra olhada no mapa subiu em uma das pontes, que começou a balançar levemente. Owen se segurou nas cordas laterais que sustentavam a ponte e seguiu Karion andando vagarosamente para que não balançasse tanto. Olhou para baixo e viu que existia um abismo que terminava no teto do salão principal.

Continuaram caminhando até chegarem do outro lado onde, novamente, havia uma estrada entalhada na encosta da montanha. Caminharam mais uns metros até chegarem em uma porta de madeira, onde haviam alguns desenhos entalhados e na porta os escritos: “Ogonbah, o Domador”.

Karion bateu na porta. Ouviu-se um resmungo lá dentro e om barulho de chaves na porta. Em seguida a porta se abriu, rangendo, e lá de dentro surgiu um ser de pele esverdeada, orelhas pontudas muito grandes, ou longo nariz pontudo e um queixo que era coberto por uma barba rala e grisalha. Seu corpo era musculoso, e muito bem definido, apresentava alguma queimaduras e cicatrizes pelo corpo, inclusive uma que passava sobre seu olho. Os dedos de suas mãos eram compridos com unhas que mais pareciam garras. Olhou para Owen e em seguida para Karion, que disse:

- Olá, velho amigo, Ogonbah!

- Olá Karion.

O ser estranho que abriu a porta era Ogonbah, o domador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário