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segunda-feira, 31 de março de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 18

Escuridão quase que total. Era possível ver apenas alguns vultos em meio às silhuetas das arvores secas. Olhos que brilhavam como rubis em meio à escuridão. Estavam prestes a entrar nos arredores das Cavernas de Tugyak, local onde, segundo as lendas, existiu uma floresta. A mais bela floresta já conhecida.

...

A lendária floresta de Tugyak ficou conhecida por sua famosa diversidade de fauna e flora. Mas também ficou conhecida pela tragédia que assolou o lugar. Tugyak era conhecida como a maior floresta do mundo. Lá existiam arvores, plantas e animais que jamais poderiam ser vistos em outro lugar do mundo. Era possível vislumbrar as famosas arvores Sefek, que podiam chegar a incríveis 100 metros de altura e até 30 de diâmetro, produzindo uma madeira extremamente resistente a agua e ao fogo, excelente para construção de moradias. Outra espécie da flora que poderia ser encontrada em Tugyak era os cogumelos de Wokon, conhecidos por excretarem uma substancia capaz de curar qualquer ferida em poucos segundos. Todos eles se perderam

Quanto à fauna, existiam os Pássaros-Urik os quais possuíam o canto mais alto, e podiam ser ouvidos em qualquer parte de Tugyak e possuíam uma plumagem colorida utilizada, pelas tribos que lá habitavam, para produzirem adornos. A floresta era habitat dos lagartos de ferro. Esta espécie tinha este nome, pois possua a pele tão dura e resistente como o metal, mas maleável como um tecido. Eram caçados para que a pele fosse utilizada para confecção de armaduras, pois as tornava leves e resistentes.

Mas tudo isso acabou. Onde existia beleza, agora não passa de um território sombrio. Todas as formas de vida que lá restaram se transformaram em seres sóbrios e totalmente agressivos. As tribos que lá viviam foram transformadas em uma espécie única, onde sua única ração de viver é se alimentar. O vulcão que causou todas estas transformações nunca mais adormeceu o que criou uma nuvem espessa sobre a região, impedindo a passagem de luz solar e transformando tudo o que lá existia.

...

Owen, Karion e Toryg estavam na divisa entre o deserto e Tugyak. Os três estavam parados, olhando. Era possível ouvir os sons mais apavorantes vindos de Tugyak.

- Não da pra acreditar no que este lugar já foi.- Disse Karion.

- Era um lugar diferente? – Perguntou Owen.

- Era o lugar mais belo já visto por qualquer criatura. E olha no que se tornou.

Owen olhava tentando imaginar como era o lugar que Karion estava lhe falando.

- Esta pronto garoto?

-Estou – respondeu Owen.

-Espero que esteja mesmo, pois esta prestes a entrar no que muitos julgam ser o inferno na terra. E não se esqueça de que estamos a procura do portão que foi aberto. Muitos dias já se passaram. Podemos não ter muito tempo até o dia do fim.

Toryg deu uma bufada e um grunhido. Owen tentou acalma-lo. A noite estava chegando, portanto resolveram passar mais uma noite no deserto e entrar em Tugyak pela manhã, mesmo que depois que entrassem seria impossível saber se era dia ou noite. Owen e Karion deitaram sob as asas de Toryg. Passam a ultima noite no deserto.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 17

O deserto era um lugar traiçoeiro mesmo para quem já estava habituado. Tentar atravessar o deserto por terra era quase suicídio. Mesmo tendo parado na aldeia dos Siwaugila, o cansaço já estava tomando conta do Karion e Owen. A agua dos dois já estava acabando, e parecia que o fim do escaldante caminho ainda estava longe.

Chegaram ao topo de uma duna. Pararam por um momento olhando para o horizonte. O sol ardia forte sobre suas cabeças. Toryg pousou ao lado dos dois. Quando os olhos de Owen fixaram no horizonte pode ver o seu destino. Bateu no ombro de Karion e apontou para o horizonte. Karion levantou a cabeça e pode ver o que Owen estava apontando. Ficou espantado com o que viu.

Ambos olhavam para onde estavam as Cavernas de Tugyak. Podiam ver o solo negro e o vulcão que expelia a espessa nuvem negra, a qual nem o sol do deserto era capaz de penetrar. Esta nuvem só tornava o lugar mais sombrio.

- Se continuarmos andando acredito que amanhã chegaremos lá - Disse Karion.

- Mais uma noite neste deserto? – Perguntou Owen – Mais uma noite cuidando para não virar jantar de alguém.

- Muita calma meu jovem. As coisas vão piorar muito quando chegarmos às cavernas. Espero que Toryg esteja muito bem treinado. Vamos precisar de vocês dois.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Memórias de um Druida

Capitulo 16
O calor do deserto produzia miragens que enganavam até o mais experiente viajante. O calor era quase insuportável. Toryg sobrevoava Owen e Karion que caminhavam vagarosamente sobre a areia escaldante. Haviam percorrido, aproximadamente, 2500 metros no deserto e já estavam se sentindo exaustos. Pararam de súbito quando avistaram, no horizonte, algo se movimentando. Não sabiam se era mais uma miragem, mas pareciam vários animais correndo, rapidamente, em sua direção. Olharam atentamente, mas era impossível ter certeza se era real ou não. O bando parecia se aproximar rapidamente. Quando perceberam que, realmente, não era uma miragem. Toryg ao ver o bando se aproximando dos dois pousou.
Puderam ver que era um bando de Siwaugila. Os Siwaugila pararam a poucos metros deles com suas lanças feitas de ossos com a ponta de ferrão de Escorpião-de-fogo. Cercaram o trio, e um deles, que aparentemente era o líder, se aproximou de Karion
- O que fazem nas nossas terras Centauro?
-Meu nome é Karion. Senhor dos guerreiros centauros. Filho de Arion. Estou acompanhando o Escolhido até as cavernas de Tugyak.
- Forasteiros não são bem vindos ao deserto.
- Mas só estamos de passagem não iremos incomodar.
- Percebo que este dragão é raro.
- Sim – respondeu Karion – é um Dragão Azul de Yangul.
- O lendário Dragão do Guardião!? Então ele é mesmo o escolhido?
- Sim
- Desculpem não me apresentei, sou Odry, o líder dos Siwaugila. Por favor, peço que me acompanhem até nossa aldeia. É um prazer ter o escolhido em nossas terras.
...
A aldeia dos Siwaugila era muito bem camuflada. Eram verdadeiros mestres em se esconder no deserto. A aldeia ara subterrânea, o que tornava o clima muito mais agradável do que na superfície. A aldeia tratava-se de uma rede de tuneis e pequenas salas subterrâneas. Uma arquitetura incrível, onde eles cavavam os tuneis e com a areia produziam um tipo de massa para revestir o interior e evitar desmoronamentos.  A luz entrava por janelas feitas no teto, e revestidas com uma espécie de membrana que só podia ser percebida quando vista de dentro pra fora.
...
Owen e Karion foram muito bem recebidos por todos. Isso quando foi anunciado que ele era o escolhido. Toryg esperou no deserto, cuidando da entrada para a aldeia.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Thunderbird (Pássaro-Trovão)



O Thunderbird (Pássaro-Trovão) é uma criatura criptozoológica que habita diversas regiões dos Estados Unidos. Foi avistado em estados diversos como Illinois, Texas, Arizona, Missouri e até mesmo o Alasca!


1. Descrição


O Thunderbird é descrito como um enorme pássaro de aproximadamente 3 a 6 metros de envergadura (De uma asa a outra) e com até 2 metros de altura, e suas cores seriam cinza, marrom ou preto. Quem o avistou o descreve como um condor gigantesco, e algumas vezes é descrito com feições de águia.



(Condor)




2. Avistamentos.


São muitos os avistamentos dos Thunderbirds nos Estados Unidos. O mais antigo deles data de 1890, quando dois cowboys capturaram um enorme animal voador, que segundo suas descrições, tinha pele macia, asas de morcego, e uma cabeça que lembrava a de um crocodilo, mais ou menos a descrição de um pterodáctilo. Uma foto chegou a ser tirada do animal, mas ela se perdeu com o tempo, tudo o que restou atualmente são suposições de como a imagem seria.



(Suposição de como a foto de 1890 seria)



Depois disso, pássaros gigantes só voltaram a ser avistados a partir dos anos 40, quando três pessoas de Overland, Illinois, avistaram uma ave gigantesca voando nos céus. Inicialmente pensaram ser um avião, até perceberem que o "avião" em questão batia suas asas. Semanas mais tarde, no mesmo estado, mas na cidade de Alton, um homem viu uma ave enorme sobrevoando a região. Segundo o homem, a ave voava à 150 metros de altura, e emitia uma sombra do tamanho de um avião pequeno.

Outros avistamentos ocorreram em St. Louis, fazendo a cidade toda se mobilizar para descobrir o que estava acontecendo. Entretanto, o caso foi 'encerrado' após moradores encontrarem traços de que garças-reais-americanas habitavam uma pequena ilha.

Um dos avistamentos mais famosos aconteceu em 1977, quando um garoto foi capturado por um Thunderbird enquanto brincava com seus amigos em Lawndale, Illinois. As três crianças brincavam no jardim de uma casa quando duas aves enormes apareceram e perseguiram os garotos, capturando um deles. A ave o ergueu a um metro acima do solo, mas o garoto se debateu contra as garras do pássaro até que este o soltou.

Em 2002, uma ave muito grande foi vista no estado do Alasca, mas cientistas acreditam se tratar de uma Águia-Marinha-De-Stellar, que tem até 2 metros de envergadura. E em 2007, avistamentos ocorreram em San Antonio, no Texas, e na Índia, onde algumas fotos foram tiradas:










Atualmente, Thunderbirds foram avistados na Pensilvânia, na região da Floresta Negra, mas pouco se sabe sobre este fato.
 
 

3. Mitologia



O Thunderbird ganhou esse nome por causa de sua variante mitológica. Os nativos americanos acreditavam que uma grande ave habitava os céus, e que o bater de suas asas produzia os trovões, por isso o nome Thunderbird (Pássaro-Trovão). O animal é muito cultuado na cultura indígena, e figura muitas histórias, artes e totens.
 
O espírito do Trovão se manifestaria na terra, segundo a crença, na forma do Pássaro Trovão.

O bico e os olhos dessa fera enorme, semelhante a uma águia, desferem o raio enquanto seu bater de asas é ouvido no trovão. Atribuem-se a ele poderes assombrosos de criação e destruição.

Entre os lacotas, o Pássaro Trovão, Wakinyan, é um deus auxiliar, uma manifestação do ser supremo: existe um forte culto associado à experiência pessoal de encontrá-lo. Para os iroquois, ele assume forma humana como Hino, o Espírito do Trovão, guardião do céu.

Na costa noroeste, o Pássaro Trovão é um dos principais deuses do céu e é grande o bastante para carregar baleias, das quais se alimenta.

Os povos do oeste acreditam que há quatro Pássaros Trovão, um em cada quadrante do mundo. Nesta região e em outras, o Pássaro Trovão está envolvido numa constante batalha com espíritos maléficos ou serpentes do mundo subterrâneo, como a pantera subaquática. Seus choques causariam os fenômenos naturais mais violentos, como terremotos, inundações e grandes tempestades.

Qualquer coisa atingida pelo raio do Pássaro Trovão, segundo os indígenas americanos, é dotada de um determinado poder que deve ser evitado ou venerado, dependendo da tradição local.

Não é de se espantar que muitos acreditam que os avistamentos reais dos Thunderbirds não passam de apenas lendas urbanas ou continuações de histórias contadas por ancestrais.


4. Opiniões


As opiniões sobre o Thunderbird são diversas. Céticos acreditam ser apenas lenda urbana ou avistamentos de tipos existentes de ave cujo tamanho é mal interpretado. Já os criptozoólogos possuem duas opiniões: Ou é de fato uma criatura criptozoológica ou se trata de um animal que muitos pensavam estar extinto, mas que ainda vive.
Neste último caso, há duas espécies que entram na lista: Teratornithidae (Ave pré-histórica cuja uma das espécies chegava a ter 8 metros de altura, seria um parente distante do condor - a foto do início desse post mostra um modelo de como seria uma dessas) ou Arquiophterix (Ave pré-histórica cujo fóssil gera controvérsia até hoje, já que seus restos parecem ser de um lagarto voador, mas suas asas possuem traços de penas).






(Teratornithidae)



(Arquiophterix)


Seja qual for a ave, o Thunderbird ainda continua um mistério, e seus avistamentos também continuam. Quando o próximo aparecerá?

sexta-feira, 14 de março de 2014

My god - Jethro Tull

Existem musicas que tratam sobre temas misticos. uma destas musicas é My God da Banda Jethro Tull. não consegui postar o video ou o audio da mesma mas fica a letra e a tradução para que possam ver o quanto eles abordavam o misticismo.
 
 
Oh people - that have you done -
locked Him in His golden cage.
 Made Him be end to your religion -
Him resurrected from the grave.
 He is the god of nothing -
if that's all you cans see.
 you are the god of everything
 He's inside you and me.
 So lean upon Him gently
 and don't call on Him to save you
 from your social graces
 and the sins you used waive.
 The bloody Church of England -
in chains of history -
requests your earthly presence at
 the vicarage for tea.
 And the graven image you - know - who -
with His plastic crucifix -
he's got him fixed -
confuses me as to who and where and why -
as to how he gets his kicks.
 Confessing to the endless sin -
the endless whining sounds.
 You'll be praying till next Thursday to
 all the gods that you can count.
 
Tradução:
 
Oh pessoas - que você tem feito -
trancou-o em sua gaiola dourada.
O fez ser o fim de sua religião -
Ele ressuscitou do túmulo.
Ele é o deus do nada -
se isso é tudo que você latas de ver.
Tu és o Deus de tudo
Ele está dentro de você e de mim.
Então magra sobre Ele gentilmente
e não o invocam para salvá-lo
das suas graças sociais
e os pecados que você costumava desistência.
A sangrenta Igreja da Inglaterra -
em cadeias de história -
solicita a sua presença terrena em
a paróquia para o chá.
E a imagem de escultura, você - sabe - quem -
com Sua crucifixo de plástico -
Ele tem o fixo -
confunde-me a respeito de quem, onde e por que -
a forma como ele recebe seus chutes.
Confessando o pecado final -
a lamentar-se sem fim parece.
Você estará rezando até a próxima quinta-feira para
todos os deuses que você pode contar.
 
 
 
Um final de semana Abençoado a todos.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Tifão ou Tífon



Tifon é o deus da seca, mas não se pode nem um pouco compara-lo em poder com um deus, ele é uma criatura extremamente cruel e poderosa, tão poderosa que todos os deuses fugiram ao vê-la.
Hesíodo descreveu Tifon em um texto :


Tifon era tão alto que a sua cabeça batia nas estrelas, os braços enormes bloqueavam os raios do sol, e carvões em brasa saíam da sua boca. Havia um dragão de cem cabeças com línguas escuras em seus ombros, e dos seus olhos labaredas dardejavam. Sons estranhos provinham dessa cabeças. Algumas vezes os deuses podiam entendê-los facilmente, mas em outras pareciam os berros de touros enfurecidos. Às vezes, rosnavam como leões, no momento seguinte, como cachorrinhos.






Na mitologia grega, Tifão (ou Tifon, Tifeu) é uma criatura considerada tanto um deus quanto um monstro. Era filho de Gaia e Tártaro. Escritores helenístico identificam Tifão com o Seth egípcio, e estudiosos religiosos identificam-no com o Arcanjo Sandalphon.

Junto à sua esposa Echidna, foi pai de vários dos monstros que povoam as aventuras de heróis e deuses gregos, como o Leão de Neméia, combatido por Hércules, a Hidra de Lerna ou a Esfinge, na fusão com os mitos nilóticos, dos cães Ortros e Cérbero. Hesíodo descreve-o assim: 


"As vigorosas mãos desse gigante trabalhavam sem descanso, e os seus pés eram infatigáveis; sobre os ombros, erguiam-se as cem cabeças de um medonho dragão, e de cada uma se projetava uma língua negra; dos olhos das monstruosas cabeças jorrava uma chama brilhante; espantosas de ver, proferiam mil sons inexplicáveis e, por vezes, tão agudos que os próprios deuses não conseguiam ouvi-los; ora o poderoso mugido de um touro selvagem, ora o rugido de um leão feroz ; muitas vezes — ó prodígio! — o ladrar de um cão, ou os clamores penetrantes de que ressoavam as altas montanhas."



Descrição



Tifão era o último filho de Gaia, e após a derrota de seus irmãos Gigantes, Gaia pediu-lhe para vingá-los, assim como seus outros irmãos, os Titãs.Tifão é muitas vezes identificado como a personificação do terremoto. Ele morava numa gruta, cuja atmosfera envenenava com vapores tóxicos.



Era tão grande que sua cabeça tocava os astros celestes e suas mãos iam do Oriente ao Ocidente. Seus brilhantes olhos vermelhos levavam o medo aos corações de todos os que olhavam para eles Suas asas abertas podiam tapar o Sol, dos seus ombros saiam dragões, 50 de cada ombro ,no total 100. Ele era tão horrendo que todos o rejeitavam, até seus irmãos, os titãs. Sua boca cuspia fogo em torrentes, e lançava rochas incandescentes aos céus.


Na maioria das vezes descrito como o monstro mais terrível e poderoso das lendas, nenhum animal ou demônio era tão temido pelos deuses como Tifão na mitologia grega. 





A Luta contra o Olimpo









A fim de dar cabo à vingança materna, Tifão começou a escalar o Monte Olimpo provocando a fuga dos seus moradores todos; os deuses se metamorfosearam em animais e fugiram para o Egito (razão pela qual, segundo os gregos, esse povo dava aos seus deuses configurações zoomórficas). Apolo tornou-se um falcão (Hórus), Hermes um íbis (Thoth), Ares um peixe (Onúris), Ártemis uma gata (Neith ou Bastet), Dioniso um bode (Osíris ou Arsafes), Héracles um cervo, Hefesto um boi (Ptah) e Leto um musaranho (Wadjet). Apenas Atena teve coragem de permanecer no local e na sua forma humana.




Do Egito Zeus veio a se refugiar no Monte Cássio, na Síria, local em que enfrentou o gigantesco inimigo. Dali atingia Tifão com seus raios mas este consegue derrubá-lo e, com uma harpe, cortou-lhe os músculos dos membros e deles fazendo um pacote que guardou numa pele de urso. Os raios e os membros amputados foram confiados a Delfim - um dragão - no antro córciro, na Cilícia.



No ataque Tifão invocara todos os dragões que, tantos eram, escureceram o dia. Tendo perdido seus raios Zeus propusera a Cadmo que, disfarçando-se em pastor, fizesse uma choupana e, com o som de sua flauta, atraísse o monstro. Nonos assim registra o episódio: 


"Canta, disse-lhe ele, Cadmo; tornarás a dar aos céus a primitiva serenidade. Tifão arrebatou-me o raio; só me resta a égide; mas de que pode valer-me contra as poderosas chamas dos raios? Sê pastor por um dia e sirva a tua flauta para devolver o império ao eterno pastor do mundo. Os teus serviços não ficarão sem prêmio; serás o reparador da harmonia do universo e a bela Harmonia, filha de Marte e de Vênus, será tua esposa."


Atraído pela música, Tifão se aproxima; Cadmo (ou Hermes, conforme a versão do mito) finge estar assustado com os raios e o monstro, para acalmá-lo, deixa os relâmpagos numa caverna onde Zeus, fazendo baixar uma nuvem para não ser percebido, recupera suas armas e músculos.


Após recuperar seus poderes, Zeus força Tifão a fugir para o monte Nisa onde as Parcas dão-lhe de comer, pois estava esfomeado, frutos que lhe diminuem a força. Ainda em fuga chega à Trácia onde pelo tanto do sangue derramado deu nome ao monte Hemos.


Ainda perseguido, Tifão foge para a Sicília e depois para a Itália onde Zeus, concentrando todas as forças, fulmina todas as cabeças do monstro, que cai morto sob a terra. Em outra versão, Zeus lança Tifão de volta para o Tártaro, e joga o Monte Etna em cima dele, para sempre prendendo-o sob o seu peso. Sendo um monstro cuspidor de fogo, acreditava-se que ele lutava constantemente para se tornar livre, causando terremotos e erupções vulcânicas cada vez que ele se movia..


Variação da Lenda



Alguns mitos afirmam que Tifão era filho de Hera, mas a melhor explicação vem de uma história onde Hera, em um acesso de raiva contra Zeus, vai até a presença de Gaia e Tártaro e suplica-los para criarem um deus mais poderoso do que Zeus. Assim, Tifão é criado e Hera recebe um pouco mais do que ela esperava.



Relação com outros mitos 



  • Hades, incomodado com as estranhas agitações do Etna provocadas por Tifão, saiu à superficie para ver o que ocorria, dando início assim ao episódio do rapto de Perséfone;
  • Cadmo, pela ajuda, fora presenteado por Zeus com a noiva Harmonia, para cujas núpcias acorreram vários deuses;
  • As nove filhas de Piero, rei da Macedônia desafiaram as Musas, ridicularizando a fuga dos deuses cobardemente disfarçados em animais, por medo a Tifão.








Descendência




Echidna, sua hedionda companheira, escapou da destruição. Ela era a única criatura que podia suportar a terrível aparência de Tifão, já que outras Titânides e deusas primordiais o rejeitavam. Ela se escondeu em uma caverna, protegendo a descendência de Tifão, e Zeus deixou-os viver, como um desafio para os futuros heróis. Os filhos de Tifão e Echidna são: 
  • Esfinge, monstro que levara terror a Tebas e derrotada por Édipo;
  • Ortros, cão de guarda do rebanho de Gerião, morto por Héracles;
  • Leão de Neméia, também morto por Héracles, foi transformado em constelação;
  • Hidra de Lerna, em cujo sangue Héracles embebeu suas setas para que seus ferimentos fossem incuráveis, após derrotá-la com ajuda de Iolau;
  • Cérbero, guardião da entrada do Submundo;
  • Quimera;
  • Ladon, o dragão que guardava o jardim das Hespérides, também morto por Héracles.



quarta-feira, 12 de março de 2014

Odin

Hoje vou falar do Deus supremo Nórdico, o equevalente a Zeus na mitologia Grega: Odin.
Acredito que a maioria ja deve ter ouvido falar sobre Odin, em livros e filmes. mas hoje vamos um pouco além. Odin ou Ódin (em nórdico antigo: Óðinn) é considerado o deus principal da mitologia nórdica. Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.
Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para si, e onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, desde onde podia observar o que acontecia em cada um dos nove mundos. Durante o combate brandia sua lança, chamada Gungnir, e montava seu corcel de oito patas, chamado Sleipnir. Era filho de Borr e da jotun ("gigante") Bestla, irmão de Vili e Vé, esposo de Frigg e pai de muitos dos deuses, tais como Thor, Baldr, Vidar, Váli e Loki.

Como deus da guerra, era encarregado de enviar suas filhas, as valquírias, para recolher os corpos dos heróis mortos em combate, os einherjar, que se sentam a seu lado no Valhalla de onde preside os banquetes. No fim dos tempos Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök. Nesta batalha o deus será morto e devorado pelo feroz lobo Fenrir,o qual ja falamos anteriormente, que será imediatamente morto por Vidar, que, com um pé sobre sua garganta, lhe arrancará a mandíbula.


Virtudes



O aposto de “pai da magia”, constante do Baldrs Draumar, confirmado no seu próprio depoimento do Hávamál (parte IV), descreve o seu próprio sacrifício: feriu-se com a lança e suspendeu-se numa árvore, onde permaneceu nove dias agitado pelos ventos; esta árvore é Yggdrasill, o freixo do mundo. Tudo isso visando à iniciação na sabedoria das runas, tendo até criado algumas delas, tornando-se senhor do hidromel da poesia, licor mágico que profere vaticínios.

Quanto ao elevado saber de Odin, relata-se que nem sempre foi assim, sábio e mágico poderoso; ávido por conhecer todas as coisas, quis beber da fonte da Sabedoria, onde o freixo Yggdrasill mergulha uma das raízes; mas Mímir, seu tio, o guardião da fonte, sábio e prudente, só lhe concedeu o favor com a condição de que Óðinn lhe desse um de seus olhos. Ele então encontrou na água da fonte milagrosa tanta sabedoria e poderes secretos que pôde, logo que Mímir foi morto na guerra entre os Æsir e os Vanir, lhe conferir a faculdade de renascer pela sabedoria: sua cabeça, embalsamada graças aos cuidados dos deuses, é capaz de responder a todas as perguntas que lhe dirigem. Após adquirir tantos conhecimentos, procurava depois revelá-los em duelos de palavras, em que aposta a vida e sai sempre ganhado. Além do mais, por várias vezes se dirige a profetisas e visionárias, pedindo informações estranhas, dando-lhes em paga ricos presentes.


Cultuação



Desse modo, vemos que Óðinn, na concepção do poeta édico, é criador da humanidade, detentor supremo do conhecimento, das fórmulas mágicas e das runas, invocado por ocasião das batalhas, durante os naufrágios e as doenças, na defesa contra o inimigo, e afinal em qualquer situação desesperadora. Altares se elevavam em sua honra.


Símbolos



Nas baladas da Edda, o deus supremo está em ligação com símbolos, emblemas e certos elementos adequados às diversas circunstâncias em que aparece. Assim, no Valhöll (Valhalla), tem o seu grande palácio onde recebe e aloja os guerreiros mais valorosos, e em outro dos seus três salões em Ásgarðr (Asgard), o alto Valaskjalf, senta-se no trono Hlidskialf, de onde é possível enxergar o mundo inteiro e acompanhar todos os acontecimentos da vida. A seus pés, deitam-se os dois lobos Geri e Freki, símbolos da gulodice, que o acompanham em suas caçadas e lutas, alimentando-se dos cadáveres dos guerreiros. Nos seus ombros estão os dois corvos Munin e Hugin, a sussurrar-lhe o que viram e ouviram por todos os cantos. Quando se encaminha a uma batalha, o que é freqüente, usa armadura e elmo de ouro, trazendo nas mãos o escudo e a lança Gungnir, que tem runas gravadas no cabo, montando seu famoso corcel de oito patas, Sleipnir, que tem a faculdade de cavalgar no espaço, por cima das terras e águas.


Disfarces



Em muitas passagens, descrevem-se as andanças de Odin, em que se apresenta sob o disfarce de um viajante baixo e de cabelos escuros, envolvido numa enorme capa azul ou cinza, com um chapéu de abas largas, quebradas acima do olho perdido e o outro olho negro faiscante, como nas baladas édicas Vafþrúðnismál e no Grímnismál, e com os nomes significativos de Gagnrad (o que determina a vitória), Grimnir (o disfarçado), além do Hávalmál (parte III) e nos Baldrs Draumar, respectivamente com os nomes Hár (o elevado, o eminente, o sublime) e Vegtam (o acostumado aos caminhos).

terça-feira, 11 de março de 2014

Vanir

Vanir ou Vanes é o nome do que é geralmente reconhecido como um dos dois panteões dos deuses na Mitologia nórdica, sendo que o outro é conhecido como os Æsir . Os Vanir lutaram com os Æsir na Guerra dos Deuses.
 
Os Vanir eram deuses nórdicos da prosperidade e mantinham as colónias longe do perigo. Algumas vilas construíam bonecos dos Vanir nos campos e pomares, tipos de espantalhos. Outras faziam sacrifícios humanos, sempre um homem e uma mulher, pois o Vanir precisa de um sacrifício anual de um casal para que ele mantenha a cidade próspera e longe de perigos, como pragas e secas. As pessoas que habitam a cidade protegida pelo Vanir precisam alimentar os casais antes de sua morte e encaminhá-los até o próximo pomar, onde se encontra o espantalho em homenagem ao deus pagão, que no início do ciclo da colheita, incorpora o espantalho e mata suas vítimas.
Os Vanir possuíam um conhecimento profundo das artes mágicas, de modo que sabiam também sobre o futuro

 Segundo a Mitologia Nórdica, o Vanir recebe seu poder de uma árvore sagrada e só pode ser destruído quando a árvore é queimada.
 
Os membros do panteão Vanir incluem Njorðr, Frey e Freyja. A classificação como Vanir de Skaði, de Lýtir, de Gerðr e de Óðr pode ser debatida. Skaði era uma giganta casada com Vanir (Njorðr); Gerðr também era uma giganta, por quem Frey ficou apaixonado, vendendo sua espada como pagamento para sua união com a deusa. No entanto, não está bem certo se esta união atingiu mais do que uma única reunião. Óðr é mencionado no Eddas muito rapidamente como o marido de Freya, mas nada mais é sabido realmente sobre quem era ele (embora se observe frequentemente que este era um dos nomes de Odin). Os deuses Njord e Frey aparecem na saga de Ynglinga de Snorri como reis da Suécia. Seus descendentes no trono sueco são reconhecidos como Vanir.
 
 

segunda-feira, 10 de março de 2014

Fenrir



Na mitologia nórdica, Fenrir (em nórdico antigo: "morador do poço"), Fenrisulfr (em nórdico antigo: "lobo Fenris"), Hróðvitnir (em nórdico antigo: "lobo da fama"), ou Vánagandr (em nórdico antigo: "o monstro do rio Ván") é um lobo monstruoso.

Fenrir é o pai do lobos Skoll e Hati, Skoll é um lobo que persegue os cavalos Arvákr e Alsvid, os quais puxam a biga que carrega o sol, tentando comê-la (nessa mitologia, Sol era uma deusa). Hati, é um lobo que caçava a lua. Tanto Skoll quanto Hati alcançarão suas presas, devorando-as e iniciando o Ragnarök, que se trata do fim do mundo Nordico, mas este assunto tratarei em outra postagem. Fenrir é um filho de Loki, e é pressagiado para matar o deus Odin durante os eventos de Ragnarök, mas por sua vez, ser morto pelo filho de Odin Víðarr.
 
 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Changelings



No folclore europeu e na crença popular, uma criança trocada (em francês changelin ou changeon, e, em inglês, changeling) é a prole de uma fada, troll ou outra criatura lendária que foi deixada secretamente em troca de uma criança humana. A motivação para esta conduta parece vir do desejo de ter um serviçal humano, para ter o amor de uma criança ou por pura maldade. Algumas pessoas acreditavam que os trolls levavam crianças não batizadas. Pensava-se ainda que encantamentos simples, como deixar um casaco virado pelo avesso, era suficiente para manter as fadas afastadas.

A realidade por trás de muitas lendas de crianças trocadas parece ser o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Todavia, de acordo com algumas lendas, seria possível detectar uma criança trocada pelo motivo oposto: elas seriam muito mais inteligentes do que a média das crianças. Quando tais "substitutos" eram descobertos a tempo, os pais tinham de levá-los de volta para o lugar de origem. Em um conto dos irmãos Grimm, há um conto sobre uma mulher, que suspeitando que seu filho havia sido trocado, começou a fermentar cerveja numa casca de bolota. O "substituto" então gritou: sou velho como um carvalho dos bosques, mas nunca tinha visto fazer cerveja em bolota e depois desapareceu.
 
Existe ainda a crençe de que para acabar com um Changeling deve-se queima-lo, pois esse seria o unico meio de mata-lo. Outra crença é de que existam Mães Changelings, que trocam as crianças por seus filhos. A Mãe acaba devorando  as crianças humanas, anquanto os seus filhos se alimentam das mães humanas, sugando seu sangue um pouco por dia até estas estejam, literalmente, secas.
 
 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Fênix



A fênix  ou fénix (em grego clássico: ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fênix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo.

Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fênix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97 200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fênix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

Suas lágrimas tem propriedades para curar qualquer tipo de doença ou ferida.

Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do deus Rá, ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.

Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97 200 anos.

De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte se aproximar, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fênix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Sol.

Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo (204-222 d. C.) decidiu comer carne de fênix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fênix, mas foi assassinado pouco tempo depois.

Atualmente os estudiosos creem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.

Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por fênix (Phoenix), a palmeira (Phoenix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.



  • A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da Antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim.
  • Para os gregos, a fênix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fênix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.
  • Os egípcios a tinham por "Bennu" e estava relacionada a estrela "Sótis", ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada ao seu lado.
  • Na China antiga a fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas.Púrpura, azul, vermelha, branco e dourado.
  • No início da era Cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.
  • A bandeira da cidade de São Francisco mostra uma fênix, acreditado de estar um símbolo de renovação depois o sismo que devastou a cidade em 1906. A bandeira e o selo da cidade de Atlanta mostram uma fênix também.
  • No Acidente na mina San José em 2010, a cápsula que estava retirando um por um dos 33 mineiros foi chamada de Fênix, porque o resgate deles a uma profundidade muito funda de terra lembra a ressurreição da ave mítica das cinzas.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 15

 

Muito tempo se passou. Toryg já havia atingido seu tamanho adulto. Owen estava muito bem treinado e já podia comunicar-se com os demais seres sem nem ao menos olhar para eles. Podia também ouvir os espíritos e estava mais forte do que nunca.

- Chegou a hora que eu mais temia. – disse o Ancião a Owen – A hora de deixa-lo ir. Você nasceu para um proposito garoto e chegou a hora de cumpri-lo. Sua missão é a mais difícil de todas e lhe garanto que ninguém gostaria de ter este destino.

- Fique calmo – disse Owen – fui muito bem treinado e estou preparado para enfrentar o que for preciso. Além disso, tenho a companhia de Toryg.

- E a minha! – ouviu-se uma voz vinda da floresta. Olharam para ver de que era aquela voz. Saindo da floresta estava Karion.

- Não vou deixar você ir sozinho. Vou junto nesta jornada.

- Acredito que seja de grande ajuda ter alguém tão sábio junto Owen – disse o Ancião.

- Tudo bem – concordou Owen – partimos amanhã de manhã. Vamos para o norte. Pelas informações que nos chegaram dos povos que vivem lá, o portal fica nas Cavernas de Tugyak, e de lá estão saindo os piores seres já vistos. Todos estão assustados e estão fugindo para outros lugares, pois lá já não é mais seguro.

- Tugyak fica muito longe – disse Karion – são sete dias de viagem pelo deserto de Pryat. Se quiser mesmo ir até lá devemos sair agora mesmo e levar o máximo de agua que conseguirmos carregar.

Owen pensou. Olhou para Toryg, que consentiu com a cabeça. Pegou sua mala, alguns cantis e saíram iriam encher os cantis na fonte dos Druidas e partiriam para a longa viagem.

....

 

As cavernas de Tugyak sempre foram um local sombrio, sobre as montanhas se mantinham nuvens densas e negras, por isso as cavernas sempre estavam nas sombras. Estas nuvens eram formadas devido aos gases e poeira que eram exalados do vulcão que ficava atrás das cavernas. Por não receber luz do sol, nada crescia em torno das cavernas, o solo era pobre e não existia vegetação viva, o que existia eram algumas arvores seca que, nas sombras causavam um aspecto sombrio e assustador. Os animais e seres que lá viviam acabaram se desenvolvendo ara enxergar na escuridão, e como a falta de alimento se tornou grande, os animais tornaram-se extremamente violentos o que fez as cavernas se tornarem o lugar mais perigoso já conhecido. O que poucos sabiam é que elas escondiam uma porta secreta. A porta para o submundo. Um portal aguardando o momento certo para se abrir, e com isso  libertar os demônios e seres que habitavam o submundo.

Mas para chegar às cavernas de Tugyak era preciso atravessar o deserto de Pryat, um vasto campo de areia e sal tão perigoso quanto às cavernas. Além da temperatura extrema, Pryat era o habitat dos animais mais venenos que se tinha conhecimento, e todos eles desenvolveram a habilidade de se camuflar em meio a areia.  Escorpiões-de-fogo, Serpentes Nimhiúil, o temível Escaravelho Feoiliteoir. Além disso, podia se encontrar o Dragão de Pryat, um temível lagarto alado capaz de consumir uma cidade inteira em questão de horas. Este dragão é conhecido por sua fome insaciável, e o calor extremo exalado de sua pele, capaz de transformar areia em vidro, criando uma das mais belas joias por onde passa. A Pegada de Pryat. Uma joia muito cara e muito comercializada como enfeite de casas. Acredita-se que ela afasta o azar.

Temos ainda os habitantes do deserto. Os Siwaugila. Seres humanoides dotados de uma pele seca, como a dos lagartos. São povos resistentes ao calor e que sobrevivem sem agua e sem alimento por muito tempo. São seres de, no máximo, 1 metro de altura, com a musculatura desenvolvida. São exímios corredores e sabem se camuflar muito bem. Sua pele possui uma tonalidade amarelada, quase a mesma cor da areia, e revestida de escamas nas costas e na cabeça. Possuem os dedos muito longos e são dotados de garras. Apesar desta aparência, possuem um alto conhecimento em fabricação de arma, em arquitetura e até um sistema de escrita. Sabem falar vários idiomas, inclusive o dos humanos, além disso, podem se comunicar com os demais repteis.

...

Owen e Karion estavam saindo da floresta, que estava cada vez mais aberta. Já podiam ver o deserto a sua frente e já conseguiam sentir a mudança de temperatura que teriam que enfrentar. Pararam e começaram a se preparar com as roupas para entrar no deserto.

terça-feira, 4 de março de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 14

Karion voltou à aldeia dos centauros e contou a novidade a todos. O escolhido voltou. Ogonbah fez o mesmo nas montanhas de Motray. A notícia estava se espalhando rapidamente por todos os reinos. Logo todos saberiam até mesmo quem não deveria saber.

Owen despertava em mais uma manhã em que o sol estava encoberto pelas nuvens a temperatura havia baixado nos últimos dias. O inverno estava se aproximando e os dias ficavam cada vez mais curtos. Owen levantou-se e foi preparar a refeição matinal, como sempre fazia. Toryg acordou também e segui Owen.

Após a refeição, saíram Owen e Toryg, até a clareira no meio da floresta para começar o treinamento. Toryg ainda era muito jovem para ter poderes além de se comunicar com Owen, mas os dragões crescem rápido. Sete dias se passaram e os dois já podiam se comunicar sem nem ao menos estarem próximos. Toryg já estava visivelmente maior. Estava quase da altura de Owen, que agora já media 1,75m. Seus poderes estavam se manifestando. Cuspia fogo pelas narinas ao respirar mais forte, e estava quase conseguindo voar. Após mais dois dias chegou o dia do teste.

- Vamos Toryg sei que você consegue – disse Owen.

Toryg se preparava para seu primeiro voo. Subiu em uma arvore de uns 20 metro de altura e se preparava para pular.

Owen observava lá de baixo quando Toryg pulou.

Ele veio caindo com as asas fechadas e o corpo totalmente ereto e paralelo a arvore em que estava. Estava descendo em grande velocidade, sem nem ao menos tentar bater as asas.

- Abra as asas! – gritou Owen desesperado vendo seu dragão caindo.

Quando, faltando uns 5 metros para chegar ao chão, Toryg abriu suas grandes asas e em um movimento ágil, jogou sua cabeça para traz fazendo com que seu corpo se projetasse para cima, subindo novamente. Bateu as poderosas asas duas vezes e isso fez com que subisse mais rápido. Estava voando.

Owen vendo aquilo vibrou em um misto de alegria e alivio, vendo que Toryg era um excelente voador. Toryg permaneceu no ar por uns 20 minutos, fazendo acrobacias e testando até onde podia subir. Após este tempo pousou, suavemente, ao lado de Owen.

- E então, estou aprovado na aula de voo? – perguntou.

- Esta muito bem! – respondeu Owen – Muito bem mesmo.

- Nossa próxima aula você vai voar comigo!

Owen sabia que isso iria acontecer e já estava preparado para isto.

Foram de volta à aldeia Druida onde iriam descansar.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Lobisomens



Lobisomem ou licantropo (do grego λυκάνθρωπος: λύκος, lykos, "lobo" e άνθρωπος, anthrōpos, "homem"), é um ser lendário, com origem dos folclores brasileiros, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer.

Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na mitologia grega. Segundo As Metamorfoses de Ovídio, Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade a Zeus e este, como castigo, transformou-o em lobo (Met. I. 237).Uma das personagens mais famosas foi o pugilista arcádio Damarco Parrásio, herói olímpico que assumiu a forma de lobo nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias.

Segundo lendas mais modernas, para matar um lobisomem é preciso acertá-lo com artefatos feitos de prata.
 
 


Variantes culturais



O Licantropo dos gregos é o mesmo que o Versipélio dos romanos, o Volkodlák dos eslavos, o Werewolf ou Dracopyre dos saxões, o Werwolf dos alemães, o Óboroten dos russos, o Hamtammr dos nórdicos, o Loup-garou dos franceses, o arbac-apuhc da Península Ibérica, o Lobisomem dos brasileiros e da América Central e do Sul, com suas modificações fáceis de Lubiszon, Lobisomem, Lubishome; nas lendas destes povos, trata-se sempre da crença na metamorfose humana em lobo, por um castigo divino.
 
 

Descrição e Aparência


Lobisomens; logicamente possuem a aparência semelhante à de um lobo, se diferem no tamanho e comportamento, os integrantes desta raça possuem a grandiosa vantagem de não envelhecerem e acabam permanecendo com a estatura que obtém no ato da transformação. Mas a algumas mudanças, o corpo ganha músculos aparentemente avantajados (sem exagero), há ainda o crescimento rápido dos cabelos (cabeça).

A raça também se difere entre si através de cores obtidas nos pelos da transformação, a cor muda com o tempo de experiência e determinação. Vejamos:

Pelo Alaranjado – Novato; um lobisomem com esta cor na pelagem é novo na pratica, ou seja, recém mordido ou descoberto, a muito a aprender, estes são mais ferozes e famintos que os mais velhos, sua força também é maior, pelo fato de se manterem com sangue humano correndo em suas veias.

Pelo Acinzentado – incorporação; após controlarem sua sanguinária fome e maneira de atacar os lobisomens ficam com esta cor de pele, são mais práticos e atacam o Maximo nas sombras para não serem capturados, estes são conhecidos como protetores, pois voltam a ter lembranças humanas e guardam as pessoas que amam na mente.

Pelo Preto/Negro - Experiente; conhecidos como práticos e diretos, estes podem controlar sua real habilidade ou maldição, se transformam a hora que querem e bem entendem se alimentam com o necessário e consegue escolher, alguns só se alimentam de animais menores não gostam de atacar humanos.
 
 

Poderes:





Mesmo sendo cruelmente devastadores, os lobisomens também possuem ajudantes poderes que se manifestam com o decorrer do tempo, é pratico dizer que são poderes alem dos existentes (força e velocidade), são avantajadas forças sobrenaturais que se manifestam em seus corpos. Os poderes alem do comum são: Ilusão, transmissão, multiplicidade e sedução.


Ilusão – útil para a tática de caça, estes se interagem perante o ambiente, podem iludir os olhos da vitima com a imagem petrificada, ou seja, a vista parecem pedras dispostamente colocada na natureza.

Transmissão – somente estes podem transmitir o vírus da licantropia; sua mordida basicamente pode transformar qualquer “HOMEM” (mulheres não suportam o vírus, é letal) em um de sua espécie. Quando mordem a vitima sem a intenção de matá-la, mas sim de transformá-la, o mesmo sofre por três noites antes da total transformação.

Multiplicidade – basicamente se multiplicam; os possuintes desta habilidade conseguem se multiplicar em duas copias exatamente reais, ou seja, não é uma ilusão. Mas há um problema este poder se torna inútil fora do ciclo lunar licantrópico (lua cheia).

Sedução – olhar atrativo; conseguem invadir os desejos humanos até chegar aos princípios de atraí-las para sua presença. Basicamente age como uma hipnose rápida e certeira, usado para um sistema mais fácil de caça.

 

Fraquezas






Esta raça basicamente acaba se tornando quase indestrutível, lobisomens se recompõem de feridas, cortes e outros enfermos menos de desmembramentos ou dissipação de cabeça. Umas das principais fraquezas dos lobisomens são: carnes humanas não resistem a este/ quando escalpelados perdem uma porcentagem da força, mas não morrem/ magia solar também os desestabilizam/ dissipação da cabeça é fatal e é claro fragmento de prata no coração (estaca, bala, facas e etc.)

Para os lobisomens transformados através da mordida as fraquezas se estendem; podem ser dês transformados através da magia HOMORFO e podem ser rapidamente destruídos através de magias bruscas e fatais. Estes ainda podem adotar o poderoso controle da transformação através de poções e amuletos, mas somente estabilizam.

 

Fraquezas internas






Uma das poderosas forças mágicas que rondam a raça de lobisomens é a poderosa abstinência sentimental, ou seja, quando realmente são expostos a sentimentos fortes, causam-se mudanças ou enfraquecimento das raízes. As fraquezas internas somente surgem em lobisomens geneticamente transformados, os “NOVATOS” não se diferem com estas fraquezas. As fraquezas são:

Laços Sanguíneos – poderosos; o laço sanguíneo (parente familiar fortemente ligado) impede basicamente nas relativas fomes pela carne humana, ou seja, lobisomens não tacam seus pais ou irmãos. Na verdade protegem.

Ligação Corpórea – feitiço antigo lançado a raça; com o passar dos anos a raça descobriu que possuem alguma relação diferente quando se apaixonam pela garota certa. Quando encontram o verdadeiro “AMOR” sofrem um tipo de magia corpórea, como se fosse a outra parte de sua alma. Quando encontram esta garota, a protegem com sua própria vida, dependendo de sua existência.

Quando este amor morre, o lobisomem entra em um terrível estado de depressão e acaba deixando todos seus poderes, tendo o fim de suas transformações que os levam a morte por não conseguirem mais se alimentarem.