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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 7

 O treinamento de Owen era extremamente intenso. Acordava às 5 horas, era responsável por preparar o café da manhã. Ele tinha que buscar a agua, acender a fogueira, preparar o pão, colher e preparar as frutas e os cereais. Às 6 horas os demais acordavam. Todos tomavam café juntos, sempre respeitando a ordem de se servir do mais velho para o mais novo. Após isso ele era responsável por organizar tudo e então se reunia com o Ancião e com os três Druidas mais antigos para que começasse seu treinamento, como havia ordenado o Espirito Guardião. Seu treinamento só parava, mais ou menos às 21 horas, quando todos se recolhiam para descansar. Antes disso nem refeições eram feitas por ele, apenas uma pela manhã e outra antes de dormir.

Esta era sua rotina nos dias que não tinham celebrações, senão ele deveria ajudar em todas as etapas de preparação e execução das celebrações. Seu treinamento consistia em aprender as poções, os encantamentos, os rituais, mas, além disso, Owen conseguia fazer mais, conseguia falar com os outros seres. Conseguia conversar com os animais, e com os seres mágicos da floresta. Uma tarde, quando estava caminhando pela floresta, despreocupado, encontrou-se com Karion, o Centauro.

 Karion era o chefe dos centauros. Era o comandante da legião dos guerreiros. Era um ser muito sábio. Era alto, seus músculos bem definidos, sua metade cavalo possuía um pelo brilhante negro como a noite. Assim como a maioria dos centauros possuía um arco e flecha e era um exímio arqueiro. Era capaz de acertar uma flecha numa borboleta em pleno voo. Usava um colete feito de pele, o qual identificava sua posição no grupo. Seu arco era feito de madeira negra. As flechas eram produzidas com ossos, o que as tornavam muito fortes e afiadas. Além do arco e flecha possuía uma adaga, mitiron, um metal extremamente duro e resistente, produzido pelos anões ferreiros que viviam nas montanhas de Rohaym. Este metal era produzido por uma mistura de outros metais que só os anões de Rohaym sabiam produzir e só eles sabiam como trabalhar este tipo de metal.

Owen começou a conversar com Karion sobre tudo o que estava acontecendo. Karion lhe disse que tinha um amigo que queria falar com Owen, e que este amigo tinha um presente para lhe dar.

- Um presente? Que tipo de presente? – Perguntou Owen.

- Um presente que será de grande utilidade. Algo que é seu por direito, e que só você poderá controlar.

Owen ficou sem entender muito bem do que se tratava, mas, como tinha total confiança em Karion, aceitou.

- Vamos lá então falar com este seu amigo. – disse Owen.

- Calma rapaz – disse Karion – tudo ao seu tempo, afinal o seu presente ainda não esta pronto. Assim que ele nascer eu irei procurar você para irmos busca-lo e saber se é seu mesmo ou não.

- Quando ele nascer?

- Sim, quando ele sair do ovo. E não adianta me perguntar o que é, pois prometi a este amigo meu que não lhe contaria, pois não quero estragar a surpresa. Tenho que ir agora, mas em breve venho lhe buscar.

E saiu trotando pela floresta até sumir. Owen ficou pensativo e ansioso para saber o que seria o tal presente que ganharia. Continuou sua caminhada e no entardecer voltou para a aldeia.

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