Translate

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Um pouco mais Sobre os Druidas

A Trindade Celta é:
NERZ, a força;
SKIANT, a sabedoria;
KARANTEZ, o amor, a beleza.
...
O Druidismo ou Celtismo tem como origem básica a Grã-Bretanha. O colégio dos Druidas era localizado em um santuário central em cada região celta: CHARTRES (Autricum), cidade dos Carnutos, e também BIBRACTE (Gália Celta);MONA, hoje Anglesey, onde os druidas resistiram até à morte a invasão romana (Grã-Bretanha) e TARA, capital da Irlanda Gálica.

A ordem druida se dividida em:
os Druidas,
os Filósofos e Literatos os Bardos (literatos e cantores)
e Vates (Filid na Irlanda), poetas e adivinhos.

A árvore sagrada para os druidas eram os Carvalhos.A tradição celta era, como toda tradição antiga, oral. Eles foram dizimados pela invasão de Roma.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 13

Owen, Karion e Toryg chegaram à aldeia Druida.

O Ancião foi recebê-los e, ao perceber o que Owen tinha nos braços, espantou-se.

- Isto é o que penso que é? – perguntou o Ancião.

- É exatamente o que o senhor vê – respondeu Owen – este é Toryg, um Dragão Azul de Yangul. E eu posso ouvi-lo.

- Sempre pensei que fosse uma lenda que esta raça realmente existisse. Bom, sempre pensei que você fosse uma lenda. – disse o Ancião, olhando para Owen.

- Podemos ver que ambos são reais. – respondeu Karion – falta descobrirmos se o que diz o resto das escrituras também é real.

Karion se despediu de Owen e dos demais druidas e disse a Owen que estaria por perto se ele precisasse e que tivesse uma boa sorte com o treinamento de Toryg. Owen agradeceu Karion, que sumiu floresta adentro. Owen pediu licença ao Ancião, pois estava cansado da viagem e iria descansar em sua tenda.

Largou suas coisas, a colocou Toryg no chão. Sentou-se na frente dele e ficou olhando. O dragão retribuiu o olhar.

- Como vou fazer para treina-lo? – pensou Owen.

- Fique calmo. – respondeu Toryg – o que você precisa aprender é a se comunicar comigo sem olhar em meus olhos.

- Mas como vou fazer isso?

- Tudo ao seu tempo. Temos tempo para nos conhecer. Agora precisamos descansar, pois a viagem foi desgastante.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Kraken





O Kraken era uma espécie de lula ou polvo gigante que ameaçava os navios no folclore nórdico. É um ser que faz parte tanto da criptozoologia, pelos testemunhos que alegam sua real existência, quanto da Mitologia, por estar presente nos contos épicos. Este cefalópode tinha o tamanho de uma ilha e cem braços, acreditava-se que habitava as águas profundas do Mar da Noruega, que separa a Islândia das terras Escandinavas, mas poderia migrar por todo o Atlântico Norte. O Kraken tinha fama de destruir navios, mas só destruía aqueles que poluíam o mar e navios de piratas.

O Kraken também é confundido por ser visto na mitologia grega como uma sépia gigante que controlava as tempestades e as profundezas oceânicas e que habitava uma caverna submersa. No entanto, não há registro do Kraken na mitologia grega.

As histórias de Krakens tinham fundamento, tal como muitas outras histórias de seres fantásticos, numa má observação da fauna, no caso dos Kraken provavelmente em ataques de lulas gigantes ou lulas colossais. Um bom exemplo dessa teoria são as sereias, cujos responsáveis são os registos visuais de dugongos e focas de longe, em nevoeiros.

O Kraken era uma criatura tão temida pelos marinheiros quanto as ferozes Serpentes Marinhas.

Esse ser gigantesco já teve diversas formas. No inicio, em suas primeiras apariçoes nos registros históricos era apenas uma Lula gigante, maior que 20 navios de armada. Posteriormente ganhou um aspecto humanoíde, com feições de Lula. Por fim, virou uma entidade metafísica, capaz de controlar as tempestades, tão forte quanto qualquer um dos deuses do olímpo e tão feroz que nenhum marinheiro ousava passar por locais aonde diziam que o Kraken foi avistado. Kraken constitui o panteão dos seres mais poderosos marinhos, junto com Leviatã e o Jaconius, ambos com diversas aparições durante a História.



Tempos atrás, em 1997, um registro sinistro de som submarinho detectado pelo National Oceanic and Atmospheric Administration chamado “Bloop” fez muita gente apontar como culpado o Kraken. Outros disseram que era Cthulhu – alienígena-deus dos contos de Lovecraft – pelas coordenadas da origem do som serem exatamente a de R’lyeh. Entretanto, nesse ponto é importante levantar uma pequena observação: Cthulhu e Kraken são muito semelhantes em seus aspectos, tão parecidos, que parecem ser o mesmo.






Cérbero ou Cérberus


Na mitologia grega, Cérbero ou Cerberus (em grego – Kerberos = “demónio do poço”) era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.
A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Enéias e Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.
Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Hades, que levava o nome do deus que o regia, ao lado de Perséfone. Hades era irmão de Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados, principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.
Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo disso na mitologia é Pirítoo, que por tentar seduzir Perséfone, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da Terra, foi entregue ao cão. Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados.

Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina, irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge.

Memórias de um Druida


Capitulo 12

Dragões são seres extremamente poderosos. São criaturas que possuem muita magia. São seres enormes, podem chegar a 15 metros de altura e pesar até 150 mil kg. Tem uma força que nenhum outro ser é capaz de enfrentar. Existem vários tipos de Dragões. Os chamados dragões vermelhos, são os cuspidores de fogo, são encontrados próximos a vulcões. São capazes de produzir uma chama que facilmente supera os 1000°C. Os dragões vermelhos não são tão dóceis, alias nenhum deles é, e são os mais difíceis de domar.

Temos também os dragões azuis, que são os chamados Dragões gelados ou dragões de neve. Estes dragões podem ser encontrados em geleiras. Eles fazem cavernas nas geleiras ou no pico das montanhas cobertas de neve. Seu bafo é capaz de congelar qualquer coisa. São muito mais dóceis que os vermelhos, mas seu poder de magia é muito maior. Onde pisam congelam o solo temporariamente. São ágeis e muito rápidos em voo.

Existem também os dragões marinhos, mas poucos são os relatos de alguém que tenha tido contato com eles. Vivem em alto mar e bem profundo. Tem a habilidade de respirar embaixo d’agua e não podem voar. Possuem ainda o poder de comandar as marés e o fluxo das aguas. São selvagens e não se tem registros de alguém que tenha domado um.

Existem ainda os dragões de vento, que em voo são os mais poderosos. São capazes de produzirem tornados com seu sopro. São muito inteligentes. Não podem ser domados, mas ajudam a quem precisar se souber como pedir. Vivem nos céus e segundo relatos podem fazer seus ninhos sobre as nuvens.

E por ultimo temos o Dragão Azul de Yangul. O mais raro de todos os dragões. Somente o escolhido pode doma-lo. É um dragão real. O Dragão Azul de Yangul possui a habilidade de todos os demais dragões e ainda possui poder telepático e telecinético, podendo se comunicar e mover as coisas com a mente, mas só obedece ao seu mestre, ou seja, o escolhido.

Exorcismo


Muitas coisas são ditas e escritas sobre este assunto que assombra a humanidade a seculos. Varios filmes abordando este tema foram criados, mas o que é verdade e o que é mito? Durante seculos varias histórias surgiram sobre pessoas que foram possuidas e algumas exorcizadas. Será verdade?
o caso mais famoso que temos virou filme, o Exorcismo de Emily Rose. Mas será que o que aconteceu foi real mesmo? Foi pensando nisso que pesquisei um pouco mais sobre esta história.
A verdadeira história de Emily Rose
Emily Rose, em realidade, foi uma jovem alemã chamada de Annel, Anneliese Michel. Sua juventude foi muito bem planejada, sempre estudando em colégios muito religiosos.
Mas sua vida mudou completamente de uma hora para outra, quando em um dia do ano de 1968 começou a se tremer violentamente e se deu conta de que não tinha controle de seu corpo. E durante esse tremor, não conseguiu chamar nem sua mãe, nem seu pai, e nenhum dos 3 irmãos.
 Após esses supostos ataques, a família de Annel levou-a em vários hospitais, porém apenas um médico conseguiu diagnosticá-la. O médico diagnosticou-a com o "grande mal de epilepsia". Annel fez um longo tratamento extensivo para combater a epilepsia.
 Porém, depois que esse longo tratamento terminou, os ataques persistiam, e, logo depois das crises, Annel começava a ver imagens diabólicas.
 Enquanto as pessoas levavam vidas normais, Annel estava atormentada com a ideia de estar possuída, pois não parecia ter outras explicações para o caso dela.
 Os pais de Annel estavam desesperados, porém médicos e especialistas diziam que eles estavam ficando loucos. E outros zombavam em silêncio, mostrando-se incapazes de ajudar.
Annel só era uma moça bonita que queria ter uma vida normal. Começou a busca religiosa por respostas, pastores e padres, solicitando exorcismos à federação das igrejas. Entretanto quase todos os pedidos foram recusados.
 Quando finalmente o caso de Annel foi aceito, já era tarde: seu estado já estava muito avançado, os ataque aumentavam a cada dia e as alucinações só pioravam. Algumas sessões de exorcismo foram feitas, mas tiveram poucos efeitos sobre o mal oculto.
 Annel já bebia sua própria urina, e comia suas próprias fezes, quando, aos 23 anos, no dia 1º de julho de 1976, ela veio a falecer.
Procurei também saber um pouco mais sobre o ritual de exorcismo.
 Ritual Romano (Rituale Romanum) era um manual para padres escrito em 1614. O livro trata de todos os rituais, batismo, eucaristia, casamento. O Exorcismo é tratado no capítulo 13, e apresenta uma visão que na época era inovadora, pois instruía os padres a verificar se era realmente um caso de possessão ou alguma doença mundana. Porém a ciência médica ainda era medieval e doenças físicas e mentais ainda eram consideradas como possessões como, por exemplo, as hoje diagnosticáveis: esquizofrenia, paranóia, distúrbio de múltipla personalidade, disfunções sexuais, histeria, e outras neuroses resultantes de obsessões e terrores da infância. O manual permaneceu inalterado até 1952, quando duas pequenas alterações no texto do ritual do exorcismo foram feitas.

Uma das sentenças dizia “sintomas de possessão são sinais da presença do demônio” e foi alterada para “sintomas de possessão podem ser sinal de demônio”. A outra sentença original, referia à pessoas sofrendo de condições além da possessão demoníaca ou espiritual como “aqueles que sofrem de melancolia ou outras enfermidades”, e foi modificada para “aqueles que sofrem de enfermidades, particularmente enfermidades mentais”.

O ex-padre jesuíta e autoproclamado exorcista, Malachi Martin, diz que o exorcismo possui estágios típicos:

• Presunção: Lúcifer esconde sua verdadeira face;

• Ponto Fraco: Lúcifer revela-se;

• Conflito: há uma disputa entre o exorcista e Lúcifer pela alma do possuído.

• Expulsão: a batalha é vencida pelo sacerdote, Lúcifer abandona o corpo do possuído.

E após, muito, garimpar em corredores escuros da Net, achei o Ritual Romano Completo em Latim:

Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica, in nomine et virtute Domini Nostri Jesu + Christi, eradicare et effugare a Dei Ecclesia, ab animabus ad imaginem Dei conditis ac pretioso divini Agni sanguine redemptis + . Non ultra audeas, serpens callidissime, decipere humanum genus, Dei Ecclesiam persequi, ac Dei electos excutere et cribrare sicut triticum + . Imperat tibi Deus altissimus + , cui in magna tua superbia te similem haberi adhuc præsumis; qui omnes homines vult salvos fieri et ad agnitionem veritaris venire. Imperat tibi Deus Pater + ; imperat tibi Deus Filius + ; imperat tibi Deus Spiritus Sanctus + . Imperat tibi majestas Christi, æternum Dei Verbum, caro factum + , qui pro salute generis nostri tua invidia perditi, humiliavit semetipsum facfus hobediens usque ad mortem; qui Ecclesiam suam ædificavit supra firmam petram, et portas inferi adversus eam nunquam esse prævalituras edixit, cum ea ipse permansurus omnibus diebus usque ad consummationem sæculi. Imperat tibi sacramentum Crucis + , omniumque christianæ fidei Mysteriorum virtus +. Imperat tibi excelsa Dei Genitrix Virgo Maria + , quæ superbissimum caput tuum a primo instanti immaculatæ suæ conceptionis in sua humilitate contrivit. Imperat tibi fides sanctorum Apostolorum Petri et Pauli, et ceterorum Apostolorum + . Imperat tibi Martyrum sanguis, ac pia Sanctorum et Sanctarum omnium intercessio +.



Ergo, draco maledicte et omnis legio diabolica, adjuramus te per Deum + vivum, per Deum + verum, per Deum + sanctum, per Deum qui sic dilexit mundum, ut Filium suum unigenitum daret, ut omnes qui credit in eum non pereat, sed habeat vitam æternam: cessa decipere humanas creaturas, eisque æternæ perditionìs venenum propinare: desine Ecclesiæ nocere, et ejus libertati laqueos injicere. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciæ, hostis humanæ salutis. Da locum Christo, in quo nihil invenisti de operibus tuis; da locum Ecclesiæ uni, sanctæ, catholicæ, et apostolicæ, quam Christus ipse acquisivit sanguine suo. Humiliare sub potenti manu Dei; contremisce et effuge, invocato a nobis sancto et terribili nomine Jesu, quem inferi tremunt, cui Virtutes cælorum et Potestates et Dominationes subjectæ sunt; quem Cherubim et Seraphim indefessis vocibus laudant, dicentes: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth.



V. Domine, exaudi orationem meam.

R. Et clamor meus ad te veniat.

[si fuerit saltem diaconus subjungat V. Dominus vobiscum.

R. Et cum spiritu tuo.]



Oremus.



Deus coeli, Deus terræ, Deus Angelorum, Deus Archangelorum, Deus Patriarcharum, Deus Prophetarum, Deus Apostolorum, Deus Martyrum, Deus Confessorum, Deus Virginum, Deus qui potestatem habes donare vitam post mortem, requiem post laborem; quia non est Deus præter te, nec esse potest nisi tu creator omnium visibilium et invisibilium, cujus regni non erit finis: humiIiter majestati gloriæ tuæ supplicamus, ut ab omni infernalium spirituum potestate, laqueo, deceptione et nequitia nos potenter liberare, et incolumes custodire digneris. Per Christum Dominum nostrum. Amen.



Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine.

Ut Ecclesiam tuam secura tibi facias libertate servire, te rogamus, audi nos.

Ut inimicos sanctæ Ecclesiæ humiliare digneris, te rogamus audi nos.



Et aspergatur locus aqua benedicta

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Benção da Agua

Acredito que seja uma curiosidade de muitos, como é feita a água benta. Depois de procurar achei o ritual para tornar água comum em uma poderosa arma contra demônios. Será necessário um terço e após coloca-lo dentro da água deve-se repetir o seguinte ritual:
†Exorcizo te, creatura aquæ, in nomine Dei Patris omnipotentis, et in nomine Jesu Christi, Filii ejus Domini nostri, et in virtute Spiritus Sancti: ut fias aqua exorcizata ad effugandam omnem potestatem inimici, et ipsum inimicum eradicare et explantare valeas cum angelis suis apostaticis, per virtutem ejusdem Domini nostri Jesu Christ: qui venturus est judicare vivos et mortuos et sæculum per ignem
Deus, qui ad salutem humani generis maxima quæque sacramenta in aquarum substantia condidisti: adesto propitius invocationibus nostris, et elemento huic, multimodis purificationibus præparato, virtutem tuæ benedictionis infunde; ut creatura tua, mysteriis tuis serviens, ad abigendos dæmones morbosque pellendos divinæ gratiæ sumat effectum; ut quidquid in domibus vel in locis fidelium hæc unda resperserit careat omni immunditia, liberetur a noxa. Non illic resideat spiritus pestilens, non aura corrumpens: discedant omnes insidiæ latentis inimici; et si quid est quod aut incolumitati habitantium invidet aut quieti, aspersione hujus aquæ effugiat: ut salubritas, per invocationem sancti tui nominis expetita, ab omnibus sit impugnationibus defensa. Per Dominum, amen. †
Lembrando que a cada simbolo da cruz deve-se fazer o sinal da cruz.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Trolls

 
Continuando com as Criaturas magicas, hoje irei falar de um criatura da mitologia Nórdica os Trolls.


Geralmente os trolls são descritos como criaturas humanoides, nada inteligentes mas muito trabalhadoras. Às vezes são descritos como gigantes nórdicos ou algo semelhante aos ogros, seus tamanhos variando a depender da história. Vivem por muito tempo, mais de mil anos; vivem em bando e são muito agressivos. Alguns são mais estranhos e raros, como os trolls do subterrâneo, que seriam menos inteligentes do que seus primos, porém mais fortes e agressivos, atingindo entre 2,35 m a 3,45 m de altura. Embora não considerados inteligentes, eram temidos, pois acreditava-se que dominavam a arte da ilusão e eram capazes de mudar de forma e de comer vorazmente tudo o que se lhes deparasse. Embora geralmente retratados como extremamente antissociais, cavernosos os trolls também eram descritos como pais protetores e carinhosos, literalmente protegendo sua prole a garras e dentes. No geral, tendem a criar os filhos do sexo oposto dos deles (se for uma troll fêmea, o pai cuida dela, e se for um macho, a mãe o cria). São dificeis de enfrentar e para um humano quase impossivem matar um, mas segundo as lendas, os trolls viram pedra ao entrar em contato com a luz do sol, isso explica o porque vivem em cavernas subterraneas.
 
 
 
 
 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Wendigo



Continuando a série sobre criaturas magicas hoje vamos falar sobre uma que, na minha opinião, e uma das mais assustadoras. Wendigo.

Wendigo (também Windigo, Windago, Windiga, Witiko, Wihtikow e outras variações) é um criatura sobrenatural que faz parte da mitologia do povo indígena da América do Norte Ojíbuas. De acordo com a mitologia, o Wendigo é formado a partir de um humano qualquer, que passou muita fome durante um inverno rigoroso, e para se alimentar, comeu seus próprios companheiros. Após perpetuar atos canibais por muito tempo, acaba se tornando este monstro e ganha muitos atributos para caçar e se alimentar mais como, por exemplo, poder imitar a voz humana, escalar árvores, suportar cargas muito pesadas, e além disso tem uma inteligência sobre-humana. O Wendigo também tem a capacidade de hibernar por anos, e para suportar os invernos, estoca suas vítimas em cavernas subterrâneas onde as devora lentamente. De acordo com a mitologia indígena, para destruir um Wendigo é preciso queimá-lo, pois segundo os indígenas, Wendigo tem um corpo sobre-humano também que lhe permite sobreviver a qualquer tipo de ferimento inconstante. Portanto, quando se deparar com um não adianta ter arma nenhuma pois os tiros só o deixarão mais furioso e em últimos casos tente correr acredito que não será uma boa saída, pois eles são mais rapidos que qualquer animal. uma boa sorte a todos que cruzarem o caminho de um desses.



Djinns



Começando uma nova série, vamos falar sobre criaturas magicas e poderosas. para começar falaremos do Djinns.


Djinn, o Gênio de fogo.




Djinns são criaturas mágicas com poderes para fazer o bem e o mal, sua origem remota a criação dos tempos!





Jinns ou Djinns (Dinns) são seres espirituais maléficos ou benéficos. Eles possuem o poder de presidir o destino das pessoas e das cidades as quais têm domínio. Eles foram criados por Deus num período que fica entre criação dos Anjos e a criação do homem.

No Alcorão (Livro sagrado dos Mulçumanos), exatamente na Surata 55, intitulada "AR RAHMAN" (O CLEMENTE) nos Versículos 14 e 15, o Arcanjo Gabriel relata que o homem foi criado do barro, ao passo que os Jinns (gênios) foram criados de uma chama de fogo.
Em nome de Deus o Clemente o Piedoso - citação do Alcorão
55 ª Surata Versículo 14 - "Ele criou os Djinns do fogo vivo."
55 ª Surata Versículo 15 - "E criou os Djinns do fogo vivo."

Djinns (Gênios): Quem são eles? No versículo 50 da 18ª Surata, diz que Iblis (Lúcifer) era um dos Djinns, dando a entender que foi por isso que ele desobedeceu à ordem de Deus. Contudo, em passagens semelhantes nos é dito que Deus ordenou aos anjos que se prostrassem perante Adão, coisa que eles fizeram, menos Iblis. Isso implica em que Iblis havia feito parte da companhia dos anjos. Existem outras passagens do Alcorão que citam a interação de gênios com os homens.

Em nome de Deus o Clemente o Piedoso - citação do Alcorão 18ª SURATA - Versículo 50
"E (lembra-te) de quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Prostraram-se todos, menos Lúcifer, que era um dos Djinns, e que se rebelou contra a ordem do seu Senhor. Tomá-los-íeis, pois, juntamente com a sua prole, por protetores, em vez de Mim, apesar de serem vossos inimigos? Que péssima troca a dos iníquos!"

O significado da raiz da palavra em árabe ‘janna’, ‘yajinnu’, é: "ser coberto ou escondido", e com o verbo na voz ativa, significa: "cobrir ou esconder". Algumas pessoas dizem que ‘Jinn’, portanto, significa as qualidades ou capacidades ocultas do homem; outras, que significa seres da selva, ocultam-se nos montes.

No Alcorão ‘Jinn’ significa apenas "um espírito" ou uma força invisível ou oculta. Em algumas histórias folclóricas, como ‘As Mil e Uma Noites’, eles foram personificados com formas fantásticas, detentores de enormes poderes, capazes de realizar os mais profundos desejos de quem os dominassem.

Sua definição varia muito de cultura para cultura, em suma os Djinns pertencem a mesma categoria dos Anjos, a chamada categoria dos Gênios, conhecida pelos esotéricos como "categoria dos elementais". Os Anjos são gênios assim como os Djinns.

Os Anjos (Gênios) são seres celestiais que praticam o bem. Os Djinns (Gênios-contrários) são seres espirituais que praticam tanto o bem quanto o mal. O primeiro Djinns a se rebelar contra Deus chama-se IBLIS, conhecido no mundo ocidental pelo nome de Lúcifer, (Lúcifer significa Senhor da Luz, afinal ele foi criado do FOGO... da LUZ DO FOGO).

Anjos Caídos ou Demônios, assim são chamados todos os anjos que deixaram o plano celestial e se tornaram seguidores de Lúcifer.
Veja alguns dos nomes pelo qual é chamado o Djinns IBLIS
- Gênio do Mal - equivale ao Diabo
- Gênio das Trevas - equivale ao Diabo

Através de rituais é possível invocá-los, mas atenção; os Djinns não são sempre aqueles seres bonzinhos do tipo, 'Gênio do Aladin'. Eles podem ser perversos e traiçoeiros, a ponto de matar aqueles que o invocaram ao invés de realizar seus desejos.

Existem basicamente 4 categorias de Djinns, elas estão divididas de acordo com os elementos: fogo, água, ar e terra.

Suas características:
A possessão ou presença do Djinn do AR e marcada pela sensação de cansaço, falta de ânimo para fazer as coisas... Eles podem ser presos em garrafas especiais, como nas lendas.

O Djinn da ÁGUA tem o poder de influenciar negativamente a pessoa no aspecto emocional, levando-as a depressão e a choros compulsivos. Em casos de suicídio a pessoa deprimida escolhe morrer afogada.

O Djinn da TERRA; as pessoas que sofrem com as influencias deste espírito não conseguem ficar dentro de casa, sentem um forte desejo de ir para o campo, suas roupas a incomodam, só ficando a vontade quando estão despidas.

O Djinn do FOGO é responsável pelo sentimento de ódio, inveja. Ele é mais ativo, geralmente não mata seu possuído, porém pode usá-lo para matar outro ser humano.

Atenção: Estas invocações foram retiradas do Grimore do Bruxo Negro e adaptadas às condições do Brasil. Foram aqui mencionadas apenas como caráter ilustrativo. Não aconselhamos a ninguém a fazer o ritual. Mesmo para os mais céticos, este ritual lida com elementos culturais fortes, podendo provocar distúrbios psíquicos ou repulsão das pessoas ao seu redor. O fato também de se utilizar fogo no ritual, merece cuidados redobrados afim de se evitar incêndios e queimaduras. O giz pode provocar alergia a algumas pessoas.

A presença do Djinn será marcada por uma sensação de calor. Se você fez tudo corretamente e botou fé em seu chamado, o Djinn ouvirá seus desejos e anseios, podendo realizá-los... Mas lembre-se; o Djinn é interesseiro, não fará nada de graça, ele exigirá algo em troca ... Outra coisa, não precisa oferecer sua alma...o Djinn não trabalha com esse tipo de pacto. Como ele é o mestre dos sonhos e desejos, você poderá durante seu sono fazer uma barganha com ele.

** O ritual deve ser realizado em local externo



Invocando com o alcorão



Djinn do fogo
Horário do ritual: Meia Noite.
Material: Giz vermelho; 4 velas vermelha; Livro do Alcorão -Texto da 18ª Surata; um punhado de areia lavada; uma bússola.

Com um giz vermelho desenhe no chão uma grande letra "C" quase se fechando. A abertura é por onde você entrará no círculo, ela deve ficar em oposição a Meca, portanto se você mora no Brasil, a direção é Nordeste. Não pise no risco. Com a bússola localize também o Norte, Sul, Leste e Oeste, e para cada ponto no círculo acenda uma vela e coloque em sua base um pouco de areia (simboliza o deserto)

Antes de entrar no circulo contorne-o por 18 vezes no sentido anti-horário. Em seguida dentro do círculo, coloque-se de pé voltado para Nordeste, ajoelhe-se, encoste a testa no chão e chame pelo Djinns do Fogo "IBLIS", use todo o seu sentimento e desejo para invocar a sua presença. De joelhos, levante o tronco, leia a Surata 18 do final para o início, palavra por palavra. Se você conseguir ler fonema por fonema melhor ainda.

No fim da leitura faça seu pedido e queime a folha (com a inscrição da surata do Alcorão) em uma das velas.




Invocando com a Bíblia

 


O mesmo processo poderá ser feito com a Bíblia, porém com alguma modificações:
Djinn do fogo
Horário do ritual: Meia Noite.
Material: Carvão PRETO; 4 velas pretas; Livro da Bíblia -Texto Gênesis; um punhado de pó de carvão; uma bússola;

Com a pedra de carvão desenhe no chão uma grande letra "C" quase se fechando. A abertura é por onde você entrará no círculo, ela deve ficar em oposição a Jerusalém, portanto se você mora no Brasil, a direção é Nordeste. Não pise no risco. Com a bússola localize também o Norte, Sul, Leste e Oeste, e para cada ponto no círculo acenda uma vela e coloque em sua base um pouco pó de carvão (simbolizando as cinzas)

Antes de entrar no circulo contorne-o por 18 vezes no sentido anti-horário. Em seguida dentro do círculo, coloque-se de pé voltado para o Nordeste, ajoelhe-se, encoste a testa no chão e chame pelo Djinn do Fogo "LÚCIFER", use todo o seu sentimento e desejo para invocar a sua presença. De joelhos, levante o tronco, leia o livro de Gênesis do capítulo 6 ao 1 do final para o início, palavra por palavra. Se você conseguir ler fonema por fonema melhor ainda.

No fim da leitura faça seu pedido retire as folhas lidas da bíblia e queime-as em uma das velas.


SIMBOLOGIA:


- A cor vermelha = fogo
- Areia = deserto
- O risco em forma de C = Significa o Crescente, a lua crescente
- A vela = elemento fogo
- O carvão = ação do fogo
- Meca = cidade sagrada dos mulçumanos
- Jerusalém = cidade sagrada dos cristãos
- Nº 18 = A lua; a Lua Crescente; No Alcorão A surata 18; Na bíblia o 18º versículo de Gênesis onde ocorre à separação da luz e das trevas; nas cartas de Tarô o 18 significa a dualidade entre o branco e preto, luz e trevas, direita e esquerda.
- Gênesis 1-6 = criação do mundo e homem
- Surata 18 = criação do mundo e homem
- Encosta a testa no chão = ato de invocar por submissão, solicitação


Complicações ao se invocar um Gênio:


Quem não tem experiência com bruxaria não deve fazer invocações:
1 - Um jovem americano de 14 anos ao fazer a invocação, seguindo a versão que utiliza o uso de vodka no ritual, foi encontrado no dia seguinte desacordado. Questionado sobre o que aconteceu, ele alegou não se lembrar de nada... O Psicólogo consultado mencionou a tendência ao alcoolismo do menino e a possibilidade do acontecido ter sido uma manifestação exteriorizada do desejo de ter seus pais unidos... uma semana antes os pais haviam manifestado a vontade de se separarem... Não sabemos se o menino realmente completou o ritual, contudo seu pai e sua mãe continuam casados, passaram a dar mais carinho e atenção ao rapaz.. pelo menos até este momento...

2 - Outro caso de conhecimento desta escola, foi o da jovem A. C., durante a pratica do ritual quando completava as 18 voltas, sentiu-se tonta e caiu sobre as velas, isto lhe valeu alguma queimaduras.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Simbolos Celtas

Durante séculos, os símbolos e sinais Celtas detinham um incrível poder para os antigos celtas em todos os sentidos da vida.
Hoje, podemos aprender sobre esse poder e utilizá-lo, compreendendo a linguagem dos símbolos celtas.
Pelo mundo mágico dos símbolos e seus significados, podemos dizer, que de um modo geral, os símbolos celtas estão associados às espirais da vida e ao número três, tido como sagrado na cultura celta.
Desde as formas mais simples às mais compostas, encontraremos um padrão exato de movimentos centrífugos e centrípetos, representando movimentos internos e externos ligados aos ciclos do homem e aos fenômenos da natureza.
Os símbolos celtas, geralmente, são formados de espirais simples, duplas e triplos.

As manifestações artísticas celtas possuem marcante originalidade, embora denotem influências asiáticas e das civilizações do Mediterrâneo (grega etrusca e romana). Há uma nítida tendência abstrata na decoração de peças, com figuras em espiral, volutas e desenhos geométricos. Entre os objetos inumados, destacam-se peças ricamente adornadas em bronze, prata e ouro, com incisões, relevos e motivos entalhados. A influência da arte celta está ainda presente nas iluminuras medievais irlandesas e em muitas manifestações do folclore do noroeste europeu, na música e arquitetura de boa parte da Europa ocidental. Também muitos dos contos e mitos populares do ocidente europeu têm origem na cultura dos celtas.

A escrita, desenvolvida tardiamente (alfabeto ogâmico), era considerada mágica, e somente os seus sacerdotes a aprendiam, os famosos druidas. Antes disto, toda a cultura era passada oralmente e, por isso, muito do que sabemos hoje é uma mínima parte da real contribuição deste povo para a humanidade e ainda assim misturada com o paganismo clássico e com o cristianismo.





Nós Celtas



Existem poucas informações à respeito dos nós e de sua exata simbologia de acordo com cada tipo de dobradura. Mas o que pode concluir a partir do que se tem é que os celtas exprimiam com este tipo de desenho a idéia de que tudo está ligado, amarrado e de forma simbiótica, a evolução de todos se dá de forma conjunta.
É um símbolo da igualdade de essências e da interconexão de toda a vida (como vindo de uma coisa só).





Claddagh


Como quase tudo o que se tem da cultura dos celtas, a simbologia do Anel Claddagh está inserida em uma lenda:
Por volta do século XVI um jovem ourives apaixonado de Galway chamado Richard Joyce foi raptado por piratas. Pensando na sua donzela, ele desenhou um anel para expressar o que ele sentia. Consistia num coração, como expressão do amor, uma coroa como sua lealdade e em mãos como amizade.
Ao retornar após cinco anos, ficou extasiado ao saber que ela não havia se casado, e a presenteou com o anel. O Claddagh tem sido considerado um presente de casamento desde então.
Outras lendas dizem que o desenho foi trazido das Cruzadas por um rapaz capturado pelos Sarracenos. Qualquer que seja a história, se tornou um forte símbolo de afeição. O coração no centro do desenho representa o amor, as mãos que o circundam representam a amizade, e a coroa em cima (se presente) simboliza fidelidade. Os Claddagh são usados na mão esquerda, virados para o corpo, se seu coração já foi conquistado. Se não, usa-se o anel na mão direita, virado para a unha.




Cruz Celta


O Símbolo da cruz, bem mais antigo que o cristianismo era uma das principais formas de expressão artística entre os celtas. É seguida em sua base por um círculo, que representa a unicidade e o ciclo eterno.

Associada à coragem e ao heroísmo, a cruz celta ajuda a superar obstáculos e a conquistar vitórias graças aos próprios esforços. Atrai reconhecimento, fama e riqueza, mas essas bênçãos só são garantidas para quem trabalha com afinco e dedicação. Por isso, a cruz celta também concede força de vontade e disposição. A divindade relacionada a esse talismã é Lug, o Senhor da Criação na mitologia celta.




Triquetra



É um símbolo usado na magia, na bruxaria e na Wicca, e representam as três faces da Grande Mãe, a energia criadora do universo, cujas três faces são a Virgem, a Mãe e a Anciã. Também representava as estações do ano, que antigamente era dividido em três fases, primavera, verão e inverno.
A triquetra, em latim triquætra, é similar a um tríscele e pode ser interpretada como uma representação do Infinito nas três dimensões ou a Eternidade. Era um símbolo muito comum na civilização Celta devido o seu enorme poder de proteção. Encontrado inscrito em pedras, capacetes e armaduras de guerra, era interpretado como a interconexão e interpenetração dos níveis Físico, Mental e Espiritual. O círculo no meio, assim como no pentagrama, representa a perfeição e a precisão. Plagiado pelo Cristianismo, este símbolo passou a representar a trindade cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.




Triskelion ou Triskel



Triskelion é considerado um antigo símbolo indo-europeu, palavra de origem grega, que literalmente significa "três pernas", e, de fato, este símbolo nos lembra três pernas correndo ou três pontas curvadas, uma referência ao movimento da vida e do universo. Na cultura celta é dedicado à Manannán Mac Lir, o Senhor dos Portais entre os mundos.

Tudo indica que o número três era considerado sagrado pelos celtas, reforçando o conceito da triplicidade e da cosmologia celta de: Submundo, Mundo Intermediário e Mundo Superior.

O triskelion também é conhecido por triskle ou triskele, tríscele, triskel, threefold ou espiral tripla, e possui dois grandes aspectos principais de simbolismo implícitos em sua representação, que são:

- Simbologia ligada ao constante movimento de ir, representando: a ação, o progresso, a evolução, a criação e os ciclos de crescimento.

- Simbologia ligada às representações da triplicidade: Corpo, Mente e Espírito; Passado, Presente e Futuro; Primavera, Verão e Inverno... Os ciclos de transformação.

Os nós celtas são variantes entrelaçadas de símbolos do mundo pré-céltico, germânico e céltico.


Representação dos Três Reinos



O número três nos liga aos reinos do Céu, da Terra e do Mar – elementos que compunham o mundo celta – e por sua vez, formavam os Três Reinos, vistos da seguinte forma:

- O Céu, que está sobre nossa cabeça e nos oferece o Sol, a Lua, as estrelas e as chuvas que fertilizam a terra. Representa a luz, a inspiração (o fogo na cabeça) e os Deuses da criação.

- A Terra, que está sob nossos pés e nos dá o alimento, nos abriga e faz tudo crescer - são as raízes fortes das árvores. Representa o solo, a raíz e os Espíritos da Natureza.

- O Mar, é a água que está em nós, representa o Portal para o Outro Mundo, que sacia a sede e nos dá a vida - sem a água tudo perece e morre. Representa os seres feéricos, a água e os Ancestrais.

Sendo os três elementos interdependentes, onde cada um possui seu significado próprio, mas que dependem um do outro para continuar existindo, permitido assim, que o nosso mundo também exista em perfeita interação.

Essa cosmologia não-dualista é bem diferente dos quatros elementos da visão grega, pois os celtas viam tudo na forma de tríades. Os três reinos representam locais onde há vida e o fogo é a alma que caminha entre eles. Além disso, cada reino era relacionado a um grande caldeirão sustentado por três pernas, que por sua vez, possuíam três atributos diferentes.

Apesar de não haver um mito de criação como outras culturas indo-europeias, havia entre eles a ideia dos Três Mundos, como citamos anteriormente, descritos como:

- O Mundo Celestial: onde as energias cósmicas como o Sol, a Lua e o vento se movem. Associado aos Deuses da criação.

- O Mundo Intermediário: onde nós e a natureza vivemos. Associado aos espíritos da natureza.

- O Submundo: onde os ancestrais e os seres feéricos vivem. Associado ao Outro Mundo.

Portanto, as três pontas do triskelion eram associadas aos Três Reinos ou aos Três Mundos e ao fluxo das estações. E, numa versão moderna, às três fases da Lua vistas no céu: Crescente, Cheia e Minguante.

Com as mesmas características observadas nas espirais, seu movimento a partir do centro, pode ser descrito como no sentido horário ou anti-horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a expansão e crescimento e o sentido anti-horário: a proteção e o recolhimento.
"Tendo em consideração o número três, símbolo sagrado dos Celtas, o qual tanto se apresenta com a forma de tríade como de triskel, a tripla espiral que, girando à volta de um ponto central, simboliza por excelência o universo em expansão." Jean Markale - A Grande Epopéia dos Celtas.

De um modo geral este símbolo está associado ao crescimento pessoal, ao desenvolvimento humano, o fluir da consciência e da expansão espiritual.



Triluna



A Triluna representa os aspectos da Deusa; Virgem, Mãe e Anciã.
O símbolo começou a ser utilizado com o surgimento da Wicca e das correntes New Age e neopagãs, e não possui relatos muito significativos entre povos antigos. Os antigos povos que adoravam deusas lunares comumente desenhavam círculos ou semi círculos (meia luas) como alusão a lua, mas não exatamente da forma como a triluna.
É atualmente muito usado pelas correntes neopagãs para simbolizar a polaridade feminina, tida como grande mãe, e seus aspectos de transformação em relação à lua, Virgem-lua crescente; Mãe – Lua Cheia e Anciã – Lua Negra. Serve como símbolo da Deusa e como um evocador de bênçãos da mesma.






Triquetra, Triskle e Triluna



As três fases divinas da mulher: A Donzela, A Mãe e A Anciã, foram altamente cultuadas por esta civilização.

Também representam as três fases do ciclo da vida: nascer, viver e morrer e ainda os três mundos conhecidos: a terra, o céu e o mar. No ser humano representam o corpo, a mente e o espírito, bem como a interconexão e interpenetração dos níveis Físicos, Mental e Espiritual.
Os Celtas consideravam o três como um número sagrado.

A antiga divisão do ano em três estações – primavera, verão e inverno – pode ter tido seu efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com a qual o curso das estações era associado.
Também associada às três fases da Lua.




Espirais Celtas



As espirais celtas encontradas em antigos sítios arqueológicos, conforme pesquisas, também são representações exatas de configurações planetárias visíveis, de estrelas mais brilhantes, de eclipses solares e lunares. Os povos antigos viam o tempo como uma roda, um círculo, sem começo e nem fim.
As espirais celtas são encontradas em vários artefatos e construções antigas. Geralmente, representam o equilíbrio do universo dentro de nós, ou seja, o equilíbrio espiritual interior e a consciência exterior.

Elas formam um padrão que começa pelo centro e se deslocam para fora ou para dentro, conforme a sua configuração.

As espirais com movimentos no sentido horário estão associadas ao Sol e a harmonia com a Terra ou movimentos que representam à expansão e à atração, em relação ao centro.

Por outro lado, as espirais com movimentos no sentido anti-horário estão associadas à manipulação dos elementos da natureza e aos encantamentos que visam à interiorização e à transmutação de energias, assim como a proteção.
Lembrando que entre os celtas, mover-se em torno de um objeto em sentido anti-horário era considerado como mau agouro.
"As Espirais da Vida" e que representam, de um modo geral, o ciclo da vida, da morte e do renascimento.
As espirais da vida são belas representações da eternidade da alma!




Awen



A imagem acima representa o AWEN , símbolo da triplicidade, cada um dos pontos são as posições do sol nascente no Solstício de inverno, nos Equinócios e no solstício de Verão, as linhas ou raios parte da luz do sol, que estimula a vida e dá inspiração. Símbolo do Druidismo moderno representa a inspiração e as três classes druídicas: Bardos, Ovates e Druidas.
Também pode ser representado como o primeiro e terceiro raio que representa a energia masculina e feminina .
O raio médio representa o equilíbrio de ambas às energias e o símbolo de fogo Arwen é o símbolo com os 3 raios para baixo.




Cinco Vezes



Esse padrão também representa o equilíbrio.
Os quatro círculos externos simbolizam os quatro elementos: terra, fogo, água, ar.
O círculo do meio une todos os elementos com o objetivo de alcançar o equilíbrio entre os quatro elementos ou energias.






Árvore da Vida



As arvores por si sós já eram sagradas para os Druidas. Este símbolo representa também a transmutação e o regresso ao mesmo ponto, um ciclo interminável e natural, pelo fato de as raízes e a copa estarem unidas. Podemos retirar também a relação com os Mundos (Supramundo, Mundo e Submundo). O fato de o Superior e o Inferior estarem unidos por nós nada mais é que a afirmação “o que há em cima, há em baixo”. As arvores, além de guardar os mistérios do universo, são os portais para o mundo dos Deuses. Elas representam o equilíbrio e elo entre os elementos da natureza. A Yggdrassil para os Nórdicos era uma arvore colossal que sustentava todos os mundos e reinos. Os druidas cultuavam o mesmo e por isso que eram os “Sábios das Arvores”.

A palavra Druida significa “Aquele que tem conhecimento do Carvalho”.
O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores.
É importante dissociar as palavras “Druida” de “Celta” porque muita gente faz confusão. Celta é o nome do povo, enquanto Druida é o nome dado a uma casta de sacerdotes especiais que viviam entre os celtas e agiam como conselheiros destes. É a mesma relação entre “judeus” e “rabinos”.

A ligação dos Druidas com as Árvores se dá ao tratamento de respeito e troca que se praticava nos tempos antigos, sabendo-se que a madeira era o único combustível, usada também na construção de casas. A madeira era utilizada com respeito e honra, compreendida como sagrada e mantedora da vida.
A vida cotidiana de um Druida estava apoiada na estrita subserviência a estas regras e na observação da natureza, onde descobriram os usos medicinais; o respeito pelos bosques como lugares sagrados era outra de suas ocupações, para o qual contaram com o apoio da aristocracia militar das comunidades celtas.
O hermetismo destes ritos, assim como seu caráter oral, fazia com que a capacidade mais admirada pelos druidas fosse sua memória, por isso seus sucessores na tribo deviam se destacar desde jovens nesse sentido, além de jurar honrar sempre aos deuses (o conhecimento era secreto), não obrar imprudentemente e estar sempre disponíveis para os serviços que demandasse a comunidade.




segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Estranhos mitos sobre a criação do mundo

Cada religião, cada sociedade e cada pessoa acredita em coisas diferentes. Algumas pessoas acreditam em algo racionalmente, outras são passionais, acreditando no que lhes conforta ou faz bem, mesmo que não faça muito sentido. Por isso, cada parte do mundo tem sua história para diversos fatos, como a criação do mundo:

Ovo Cósmico

453162651-e1389311824337
Na China, eles acreditam que o primeiro ser a existir foi P’an Ku, que surgiu no Caos Primordial, quando tudo que havia era o vazio. Durante 18 mil anos, esse ser foi sendo gerado dentro de um ovo cósmico.
Após todo esse tempo, ele saiu de sua casca. O que ficou acima virou o céu, o que estava abaixo virou a Terra. Assim também surgiram os opostos da natureza, como o masculino e feminino, úmido e seco, claro e escuro, bem e mal…
Após todo essa trabalho, P’an Ku se partiu em milhares de pedaços, cada um gerando uma das coisas desse planeta. Os membros dele viraram as montanhas, seu sangue virou a água, o cabelo gerou a grama, o suor trouxe a chuva, os músculos geraram a terra, os pelos viraram florestas e a pele gerou o chão. O olho direito transformou-se na Lua e o esquerdo no Sol. Nós, humanos, surgimos dos parasitas que habitam o corpo desse ser poderoso.

Sêmen de deus

155917055-e1389312631774
Na mitologia hindu existem três deuses, sendo Brahma (o criador), Vishnu (o preservador) e Shiva (o destruidor). Cada um tem suas responsabilidades com o mundo e os três juntos formam o “Supremo”.
O mito de criação possui diversas variações, mas todos, basicamente, começam com Brahma surgindo de alguma coisa, seja água ou uma flor de lótus. Contudo, antes disso, usando apenas seu pensamento, Brahma joga seu sêmen na água, de onde surge um ovo dourado, que gera seu corpo.
O resto desse ovo, após a geração do deus, é responsável por criar o Universo. Em algumas versões, o próprio deus se divide em infinitas partes até que gera todos os seres do planeta; em outras, ele cria o primeiro casal e eles que geram tudo, inclusive os animais.
Depois de muitos e muitos anos, Shiva vem e destrói tudo, deixando apenas um oceano de caos, onde Vishnu flutua, até que de seu umbigo surge o espírito de Brahma e todo o processo começa novamente.

A loucura Escandinava

Ymir-e1389313412814
Em lugar obscuro existia Niflheim, um lugar gelado. Ali perto, havia Muspelheim, onde existia um grande fogo e demônios. A união entre o fogo e o gelo que escorria gerou uma vaca, chamada Audhumla e um gigante chamado Ymir.
Enquanto Ymir mamava na vaca, ela criou outro seres, que acabaram gerando Odin. Este matou Ymir e de sua carne surgiu a terra, do sangue veio o mar, as nuvens de seu cérebro, do cabelo surgiram as árvores e as montanhas vieram dos ossos.
Depois disso, foi criada a morada dos deuses, que depois encontraram duas árvores, as quais ganharam vida e deram origem aos primeiros humanos.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 11

 

A casa de Ogonbah era escava da na montanha, assim como todas as outras daquele lugar, mas tinha uma coisa diferente. Possuía desenhos por todas as paredes, escritos e símbolos. Estavam se dirigindo ao cômodo externo da casa, era uma sacada, na parte externa da montanha. Esta sacada possuía o dobro do tamanho da casa em si. Ao chegarem na sacada Owen pode perceber o quão alto estavam. As arvores lá embaixo pareciam de brinquedo. Ficou olhando para o horizonte. Dali era possível avistar as planícies e a floresta de Viliphen. Era possível avistar qualquer ser que se aproximasse da montanha.

Havia mais uma escada para subirem pelo dado de fora. Ao chegar lá em cima Owen viu algo fantástico. Um ninho. Um ninho muito vem trançado. Aproximou0se mais para poder ver o que tinha dentro do ninho.

- Aproxime-se devagar. Ele precisa reconhecê-lo primeiro. Não o assuste. – Disse Ogonbah.

Owen aproximou-se bem de vagar quando pode ver o que havia dentro do ninho. Um filhote dragão.

-Este é o presente? – Perguntou Owen a Ogonbah.

-Sim – respondeu ele – este é o seu presente. O Dragão Azul de Yangul.

- Ele é lindo.

- Lindo e extremamente raro. – disse Ogonbah – este dragão só nasce quando um escolhido nasce. Por isso ele é seu. De acordo com as escrituras todos os escolhidos possuíam um Dragão Azul de Yangul, e eles só ganham vida quando o escolhido for revelado.

Owen estava maravilhado com o dragão.

- Como devo chama-lo? – perguntou Owen.

 - Ele lhe dirá seu nome – respondeu Ogonbah – você é o único que pode ouvi-lo. Va até lá e fale com ele.

Owen se aproximou com muito cuidado. Sentou-se na borda do ninho. O dragão se virou olhou para ele profundamente. Owen passou a mão sobre a cabeça do dragão. Ele se encolheu levemente, rosnou, balançou a cabeça e retribuiu o carinho passando a cabeça pelo braço de Owen.

Owen o pegou no colo. O dragão olhou novamente em seus olhos e ele pode ouvir uma voz rouca em sua cabeça que dizia:

-Olá meu senhor, sou Toryg, seu dragão.

- Toryg – disse Owen – este é seu nome.

Karion e Ogonbah se olharam.

- Então você ouviu mesmo o dragão? – perguntou Ogonbah.

- Sim- disse Owen – ouvi uma voz dentro de minha cabeça me cumprimentando e me dizendo seu nome.

- Então é verdade – espantou-se Karion – você pode mesmo se comunicar com qualquer ser  vivo. E o dragão realmente é seu.

Os três desceram as escadas. Owen levando Toryg em seu colo.

- Bom meus amigos – disse Ogonbah – meu trabalho esta terminado. Cuide bem dele Owen, pois sei que ele fara o mesmo com você. E Karion, meu amigo, boa sorte em sua jornada. Espero que possamos nos encontrar novamente.

- Obrigado. Claro que vamos nos encontrar velho amigo. – disse Karion, se despedindo.

Karion e Owen arrumaram as coisas. Fizeram algumas compras e partiram, de volta a aldeia dos Druidas.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 10

Por dentro da montanha se formava outro mundo. Ao entrar pelo portão havia um salão principal, uma praça, enorme. O teto parecia o céu estrelado, mas o que brilhavam não eram estrelas e sim cristais e pedras preciosas o chão era feito de pedra bruta que parecia mármore. Colunas gigantescas sustentavam o teto da praça principal, onde ficavam os mercadores. Goblins, Orcs e Anões, cada um com sua barraca. Cada um com seus produtos. Os produtos lá vendidos não eram encontrados em nenhum outro lugar, principalmente as ervas cultivadas e o metal com que eram feitas as armas dos Anões, o mitiron. Era praticamente um mercado livre, onde qualquer pessoa, ou ser, poderia vender o que quisesse.

Passaram pelo meio das barracas pela rua central, até uma escadaria. Karion indicou onde Owen poderia deixar o cavalo, pois de agora em diante iria a pé. Owen fez o que Karion lhe indicou. Começaram a subir as escadas entalhadas no interior da montanha. Owen estava maravilhado com toda a beleza que a imensa montanha escondia. Chegaram ao alto da montanha onde varias portas podiam ser vistas. O caminho para estas portas era variado. Para algumas o caminho era feito pela montanha, outras possuíam pontes feitas de cordas e madeira que ligavam varias delas a estrada principal, que ficava no topo da escadaria, onde Owen e Karion se encontravam no momento.

Karion tirou de dentro de sua bolsa um pergaminho, um mapa da montanha. Olhou bem e chamou Owen para segui-lo. Seguiram por uma estrada que estava na encosta da montanha. Após outra olhada no mapa subiu em uma das pontes, que começou a balançar levemente. Owen se segurou nas cordas laterais que sustentavam a ponte e seguiu Karion andando vagarosamente para que não balançasse tanto. Olhou para baixo e viu que existia um abismo que terminava no teto do salão principal.

Continuaram caminhando até chegarem do outro lado onde, novamente, havia uma estrada entalhada na encosta da montanha. Caminharam mais uns metros até chegarem em uma porta de madeira, onde haviam alguns desenhos entalhados e na porta os escritos: “Ogonbah, o Domador”.

Karion bateu na porta. Ouviu-se um resmungo lá dentro e om barulho de chaves na porta. Em seguida a porta se abriu, rangendo, e lá de dentro surgiu um ser de pele esverdeada, orelhas pontudas muito grandes, ou longo nariz pontudo e um queixo que era coberto por uma barba rala e grisalha. Seu corpo era musculoso, e muito bem definido, apresentava alguma queimaduras e cicatrizes pelo corpo, inclusive uma que passava sobre seu olho. Os dedos de suas mãos eram compridos com unhas que mais pareciam garras. Olhou para Owen e em seguida para Karion, que disse:

- Olá, velho amigo, Ogonbah!

- Olá Karion.

O ser estranho que abriu a porta era Ogonbah, o domador.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 9

Saindo da floresta, escoltados pelos Elfos, e por um caminho que só eles conheciam, Owen e Karion puderam avistar as montanhas de Motray. Teriam mais duas horas até o sol se por, mas isto era tempo suficiente para chegarem até seu destino. O caminho agora era por uma planície, eu terreno que ainda pertencia à floresta de Viliphen, mas que parecia fazer parte de outro mundo. A planície era um campo coberto com uma vegetação rasteira muito baixa, e onde não existia sequer uma arvore. Um lugar onde a luz do sol quase reluzia no solo, um lugar tão quente que em nada lembrava a floresta que acabaram de sair. Os animais que viviam na planície também eram bem diferentes. Vez ou outra era possível ver algum cervo atravessando a, mas o mais comum era se encontrar com lagartos e serpentes, geralmente ambos venenosos. Apressaram a passada. Estavam andando num trotear, quase uma corrida, isso para chegarem logo a Motray.

As montanhas de Motray cresciam à medida que eles se aproximavam, mostrando o quão imponentes eram. Motray era um lugar fantástico, qualquer ser que as avistassem ficaria maravilhado com sua beleza e tamanho.

Motray era formado por três montanhas, ambas da mesma altura e beleza. Seus cumes passavam o tempo todo cobertos por neve. Em sua base existia uma floresta habitada por animais e seres mágicos. Motray era lar dos Anões na montanha do norte e por Goblins e Orcs nas outras duas, por isso eram cheias de passagens que interligava as três montanhas. Os três povos viviam pacificamente, dividindo tudo o que a montanha oferecia. Existiam muitas minas nas montanhas, de ouro, de pedras, e de cristais, mas os únicos que se importavam com estas três eram os Anões e os Goblins. O Orcs só estavam lá pelos metais, mais precisamente pelo ferro, que era o único metal que eles conheciam. Porém, Owen e Karion estavam indo pra la por causa de outra criatura que vivia nas montanhas.

Chegaram à entrada da montanha, um enorme portão estava à frente deles. Acima do portão, entalhado na montanha, com a escrita dos Goblins, estava a seguinte frase: “Bem vindos a Motray, a montanha dos pequenos”. Haviam ainda dois guardas Orcs protegendo o portão. Karion se aproximou deles.

- O que deseja? – perguntou um dos guardas.

- Desejo ver Ogonbah, o Domador. – respondeu Karion.

- E quem é você?

- Sou Karion, senhor dos centauros guerreiros. Venho a pedido de Ogonbah. Trago o escolhido.

O guarda olhou para Owen. Fez um sinal para ou orcs que estavam acima dos portões. Os pesados portões de pedra de Motray começaram a se abrir.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Bárbaros

Quem eram os Bárbaros?

 
A expressão surgiu entre os gregos antigos, que chamavam de bárbaro qualquer estrangeiro. Os primeiros a serem "presenteados" com o termo foram os persas, por volta do século 5 a.C. Para os gregos, os idiomas guturais (com a maioria dos sons produzidos na garganta) dos persas tinham sons parecidos com "bar-bar-bar" - daí a origem da palavra. Mas a expressão ficou famosa mesmo por volta do século 1 a.C., quando os romanos passaram a chamar de bárbaros todos os povos nômades ou seminômades do norte da Europa que viviam além das fronteiras imperiais (os principais grupos você conhece no mapa ao lado). Nos relatos dos inimigos romanos - poucos grupos bárbaros sabiam escrever -, os bárbaros entraram para a história como sujos, sanguinários, primitivos e incontroláveis. Mas o fato é que eles eram relativamente civilizados, morando em pequenas aldeias, cultivando cereais e criando gado. Esses povos viveram numa boa com os romanos até o século 4, quando uma horda de hunos vindos do leste invadiu a Europa, pressionando os outros povos a entrar pelas fronteiras do Império Romano. A sucessão de invasões tem seu ápice no ano 476, quando o último imperador é deposto e um chefe bárbaro assume o título de rei de Roma. Por meio do contato com os romanos, muitos povos bárbaros absorveram sua cultura e seu idioma, o latim. Como cada uma dessas tribos falava latim de maneira diferente, surgiram ao longo do tempo várias línguas diferentes, ainda que aparentadas, como o espanhol, o francês e o nosso português. A formação de reinos e a divisão política da Europa que a gente conhece hoje também começou a nascer na época das invasões bárbaras.
 

Alguns povos Bárbaros

 
ANGLO-SAXÕES
Quem eram - Povo descendente de três grupos que migraram da Alemanha e da Dinamarca para a Inglaterra no século 5: os anglos, os saxões e os jutos
Auge - Nos séculos 5 e 6, os anglo-saxões expulsaram os bretões da Grã-Bretanha e ficaram na ilha
Que fim levaram - Os anglo-saxões foram dominados pelos normandos, que invadiram a ilha no século 11. Mas o futuro nome do país que ocuparam, Inglaterra (England), seria derivado da antiga expressão Engla-lond, ou "Terra dos Anglos"
HUNOS
Quem eram - Vindos da Ásia no século 4, os hunos eram guerreiros temidos que viviam em carroças ou tendas provisórias
Auge - Com ataques de cavalaria avassaladores, eles criaram um vasto império no século 5. O líder Átila invadiu duas vezes o Império Romano do Oriente, devastou os Bálcãs, avançou pelo sul até a Grécia e pilhou a Itália
Que fim levaram - Com a morte de Átila, em 453, seus filhos dividiram o império e foram vencidos por uma força combinada de ostrogodos e outros povos em 455
ALEMANI
Quem eram - Não eram um único povo, mas um aglomerado de tribos sem governo central que costumavam lutar unidas em batalhas militares. O idioma desse povo influenciou a formação da língua alemã moderna
Auge - A partir do ano 213, os alemani atacaram províncias do Império Romano na parte ocidental da Europa. No final do século 5, eles invadiram parte da França e da Suíça
Que fim levaram - Em 496, os alemani são derrotados pelos francos e incorporados ao seu domínio
GAULESES
Quem eram - Habitantes originais das atuais Bélgica e Holanda desde o século 5 a.C., os gauleses vão para o sul da Europa e chegam à Gália, área que engloba o norte da França, Bélgica e oeste da Alemanha
Auge - Em 390 a.C., os gauleses tomaram Roma. Em resposta, os romanos conquistaram a Gália, numa ocupação completada no ano 50 a.C.
Que fim levaram - Colonizados pelos romanos no século 1 a.C., as colônias gaulesas sobrevivem até o século 4, quando a região é invadida por bárbaros como os francos
FRANCOS
Quem eram - Os primeiros registros desse povo são do século 3, quando ele dominava áreas das atuais Bélgica e Holanda
Auge - Tentaram invadir a Gália nos séculos 3 e 4, mas os romanos venceram a parada. Aproveitando uma invasão dos hunos na região, eles finalmente dominaram a área no século 5
Que fim levaram - Os francos controlaram a Europa Central até o século 8, quando o poder de seu império foi dividido em vários reinos que originariam nações como a França
GODOS
Quem eram - Esse povo escandinavo se dividia em ostrogodos e visigodos, que falavam dois dialetos do idioma gótico, precursor distante do alemão
Auge - Os ostrogodos criaram um império ao norte do mar Negro no século 3. Os visigodos capturaram Roma no ano 410
Que fim levaram - Os ostrogodos se meteram em tretas com os hunos e com o Império Bizantino, deixando de ser um grupo coeso no século 5. Os visigodos foram destruídos pelos muçulmanos que invadiram a Europa no século 8
VÂNDALOS
Quem eram - Esse povo originário da Europa Central fugiu para o oeste do continente para se safar dos hunos no século 5. Em 429, os vândalos se mandaram para o Norte da África e criaram um reino na Tunísia e na Argélia
Auge - Suas frotas de piratas controlaram a maior parte do oeste do mar Mediterrâneo. Em 455, os vândalos fizeram uma breve tomada de Roma, afanando um monte de obras de arte
Que fim levaram - Em 533, os bizantinos invadiram o Norte da África e destruíram o reino vândalo.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 8

 

Amanhece mais um dia na aldeia Druida. Uma, provável, manhã de um domingo. Os Druidas tinha um sistema interessante de contar os dias. A cada 6 dias de trabalho e afazeres o sétimo era dedicado ao descanso, e lazer com os familiares e amigos, algo bem próximo ao que fazemos hoje. Este dia que nascia era o dia de descanso. Neste dia os Druidas preparavam uma cerimonia ao amanhecer, onde todos os outros habitantes da aldeia participavam desta cerimonia, como se fosse um culto ou uma missa. Nesta cerimonia eles oravam aos seus deuses lhes pedindo o que fosse necessário. Por exemplo, em época de plantio pediam a deusa Epona, deusa da terra e da fertilidade e a Sucellus, deus da fertilidade para que abençoassem as sementes que seriam plantadas e fizessem com que elas germinassem, fazendo com que a colheita fosse produtiva.

Tudo estava indo normalmente. A celebração chegou ao fim. Os habitantes se dirigiam as suas casas, os Druida de volta a sua aldeia, quando no meio do caminho encontraram Karion.

- Bom dia, meus amigos Magos! – disse Karion.

- Bom dia, meu amigo guerreiro! A que devemos este encontro? – Perguntou o Ancião.

- Vim buscar Owen, o Escolhido. Tenho que leva-lo a um amigo. Temos um presente a ele.

- Tudo bem – respondeu o Ancião – mas onde mora este seu amigo?

- Ele vive nas montanhas de Motray, próximo a floresta élfica de Viliphen.

- Podem ir. Mas peço que tomem cuidado ao atravessa a floresta. Sei que ela é protegida pelos elfos, mas mesmo assim existem perigos escondidos nela.

Karion assoviou e de dentro da floresta surgiu um lindo cavalo negro, o qual parou próximo a Owen convidando-o a subir em suas costas. Owen montou e se segurou nas longas crinas daquele belo animal, quando em um movimento repentino saíram cavalgando deixando os demais Druidas para trás.  A viagem até as montanhas de Motray demora 1 dia de cavalgada. Cavalgaram pelas planícies até avistarem a floresta de Viliphen, lar dos elfos, os melhores arqueiros que se podia encontrar em todo o mundo.

Os elfos são seres muito amigáveis, exceto com os anões. Existe uma pequena intriga com os anões, mas isso é outra história. Elfos tem uma visão muito aguçada, por isso são excelentes arqueiros, melhores até que os centauros. São seres muito belos, de longos cabelos e orelhas pontudas. Possuem um aspecto humano, mas a pele é de um tom esverdeado. São os protetores da floresta e sua energia vem das arvore. São excelentes artistas, possuem conhecimento na fabricação de armas, e são exímios arquitetos. Suas casas são construídas nas arvores. Possuem o dom de se tornar invisíveis em meio à floresta. Não toleram seres que destroem a natureza e se preocupam em protegem tudo e todos que habitam a floresta. Além disso, possuem o poder da cura, o que os torna quase imortais, afinal de morte natural não se tem conhecimento de nenhum que tenha falecido. São, realmente, seres fantásticos.

Chegando à entrada de Viliphen, foram recebidos por Niben, o rei dos elfos.

- Sejam muito bem vindos a terra sagrada dos Elfos de Viliphen!

Karion e Owen se curvaram ante o elfo que disse:

- Por favor, meus amigos. Somos todos irmãos, filhos da mãe terra. E se teu alguém que deve se curvar sou eu ante o escolhido. – disse Niben, apontando para Owen.

- Pedimos que nos deixe passar por suas terras, pois precisamos chegar às montanhas de Motray, tenho uma coisa para buscar lá. – disse Owen.

- Claro! – Disse Niben, entusiasmado – Para mim é um prazer ter o escolhido em nossas terras. Peço para que aproveitem e descansem um pouco em nosso vilarejo. Continuem a jornada depois de provarem nossa bebida. Depois peço aos meus guardas para acompanharem vocês. Temos um atalho para as montanhas.

Owen e Karion se olharam e aceitaram a proposta de Niben. Ficariam um tempo descansando na Vila dos Elfos.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 7

 O treinamento de Owen era extremamente intenso. Acordava às 5 horas, era responsável por preparar o café da manhã. Ele tinha que buscar a agua, acender a fogueira, preparar o pão, colher e preparar as frutas e os cereais. Às 6 horas os demais acordavam. Todos tomavam café juntos, sempre respeitando a ordem de se servir do mais velho para o mais novo. Após isso ele era responsável por organizar tudo e então se reunia com o Ancião e com os três Druidas mais antigos para que começasse seu treinamento, como havia ordenado o Espirito Guardião. Seu treinamento só parava, mais ou menos às 21 horas, quando todos se recolhiam para descansar. Antes disso nem refeições eram feitas por ele, apenas uma pela manhã e outra antes de dormir.

Esta era sua rotina nos dias que não tinham celebrações, senão ele deveria ajudar em todas as etapas de preparação e execução das celebrações. Seu treinamento consistia em aprender as poções, os encantamentos, os rituais, mas, além disso, Owen conseguia fazer mais, conseguia falar com os outros seres. Conseguia conversar com os animais, e com os seres mágicos da floresta. Uma tarde, quando estava caminhando pela floresta, despreocupado, encontrou-se com Karion, o Centauro.

 Karion era o chefe dos centauros. Era o comandante da legião dos guerreiros. Era um ser muito sábio. Era alto, seus músculos bem definidos, sua metade cavalo possuía um pelo brilhante negro como a noite. Assim como a maioria dos centauros possuía um arco e flecha e era um exímio arqueiro. Era capaz de acertar uma flecha numa borboleta em pleno voo. Usava um colete feito de pele, o qual identificava sua posição no grupo. Seu arco era feito de madeira negra. As flechas eram produzidas com ossos, o que as tornavam muito fortes e afiadas. Além do arco e flecha possuía uma adaga, mitiron, um metal extremamente duro e resistente, produzido pelos anões ferreiros que viviam nas montanhas de Rohaym. Este metal era produzido por uma mistura de outros metais que só os anões de Rohaym sabiam produzir e só eles sabiam como trabalhar este tipo de metal.

Owen começou a conversar com Karion sobre tudo o que estava acontecendo. Karion lhe disse que tinha um amigo que queria falar com Owen, e que este amigo tinha um presente para lhe dar.

- Um presente? Que tipo de presente? – Perguntou Owen.

- Um presente que será de grande utilidade. Algo que é seu por direito, e que só você poderá controlar.

Owen ficou sem entender muito bem do que se tratava, mas, como tinha total confiança em Karion, aceitou.

- Vamos lá então falar com este seu amigo. – disse Owen.

- Calma rapaz – disse Karion – tudo ao seu tempo, afinal o seu presente ainda não esta pronto. Assim que ele nascer eu irei procurar você para irmos busca-lo e saber se é seu mesmo ou não.

- Quando ele nascer?

- Sim, quando ele sair do ovo. E não adianta me perguntar o que é, pois prometi a este amigo meu que não lhe contaria, pois não quero estragar a surpresa. Tenho que ir agora, mas em breve venho lhe buscar.

E saiu trotando pela floresta até sumir. Owen ficou pensativo e ansioso para saber o que seria o tal presente que ganharia. Continuou sua caminhada e no entardecer voltou para a aldeia.