Memórias de um Druida
Capitulo
2
Aos 15 anos
algo estranho começou a acontecer. Owen passou a ver coisas que não via antes.
Mas vamos ao começo daquele dia.
Owen acorda no
que seria mais uma manhã normal. Sai de sua cabana para faze sua refeição
matinal, junto com os demais Druidas, no centro das cabanas, que ficavam no
meio da floresta e eram construídas de tal maneira que formassem um circulo. Ao
centro ficava o local das refeições e das demais celebrações realizadas entre
os Druidas, ou seja, as celebrações que não contavam com os demais indivíduos
do vilarejo.
Naquela manhã
Owen já se sentiu um pouco diferente, o sol brilhava mais forte, a grama e as
arvores exalavam um cheiro único e jamais sentido por ele antes, os pássaros
cantavam de forma que era possível compreende-los com mais facilidade. O vento
soprava levemente fazendo com que o assovio que produzia ao passar pelas
arvores soasse como uma alegre canção. Ou redor da mesa de refeições
encontravam-se todos os demais Druidas, Bardos e Ovates da aldeia deles. Não
eram em muitos. Owen se aproximou, dirigiu-se ao seu lugar e sentou-se, todos estavam sentados em troncos e a mesa
era retangular, de pedra, com desenhos em baixo relevo entalhados com uma
precisão cirúrgica quase que impossível para a época. A refeição matinal estava
sobre a mesa. Frutas dos mais variados tipos, hidromel, produzido por eles
mesmos, o mel mais puro que o ser humano pode encontrar. Pães produzidos com
grãos especialmente colhidos e armazenados para todo inverno e adornados com
especiarias finas e ervas.um caldeirão fumegava ao fogo com uma espécie de sopa
que é difícil definir exatamente do que era feita, mas seu sabor e aroma eram incrivelmente
saborosos. Após a oração e benção dos alimentos todos passaram a saborear este
delicioso banquete matinal.
Owen estava
sentindo-se feliz por fazer parte de uma grande e alegre família, mas ao mesmo
tempo preocupado por estava se sentindo diferente. Após a refeição dirigiu-se
ao Druida chefe, o Ancião. Tentou lhe explicar o que estava sentindo, mas até
mesmo o Ancião ficou surpreso, pois jamais havia visto algo assim, mas mesmo
assim sentiu que o garoto tinha algo de diferente, sentiu uma energia muito
forte que dele emanava, uma energia sobre-humana, algo jamais sentido em ser
nenhum. Algo fantasticamente incrível e assustador. Combinaram de conversarem
mais tarde naquela mesma manhã. No horário combinado o Ancião convocou os
Druidas mais experientes da aldeia para sondar o corpo de Owen. Aquele era um
ritual muito antigo e que poucas vezes era praticado, pois envolvia uma grande
quantidade de energia. O Ancião preparou o local, um altar com 3 velas, um
galho de visco, um pentagrama feito de cipó, uma pedra, um cálice de agua pura
e o caldeirão para o preparo da poção. Juntou os ingredientes necessários para
poção, que Owen deveria tomar, uma casca do carvalho sagrado, uma gota de
sangue do Ancião, dois cálices de agua, especiarias, folhas de visco, uma
colher de mel e pó de chifre de alce. Feita a poção, o garoto bebeu a
quantidade necessária e após 1 minuto caiu em sono profundo. Começou, então, o ritual,
dos demais Druidas, de juntar as energias e revelar o que estava no corpo do
menino. Este ritual consistia em focar as energias no corpo do garoto enquanto
cânticos e mantras eram entoados na língua mãe dos Druidas. Quando em um
movimento súbito Owen abriu os olhos. Mas seus olhos não eram mais normais.
Possuíam uma profundidade anormal, emanava uma energia desumana seu olhar seria
capaz de intimidar até o mais valente dos guerreiros. Foi quando o Ancião lhe
perguntou:
-Quem é você?
E quando veio a
resposta perceberam que a voz também não era mais a de Owen. Uma voz grave e
profunda como se viesse de muito longe, respondeu:
- Sou aquele
que todos esperavam. Aquele que o nome não é mais pronunciável. Aquele cujas
escrituras sagradas referem-se como o protetor deste mundo. Sou conhecido como
o Espirito Guardião.
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