Capitulo
7
O treinamento de Owen era extremamente
intenso. Acordava às 5 horas, era responsável por preparar o café da manhã. Ele
tinha que buscar a agua, acender a fogueira, preparar o pão, colher e preparar
as frutas e os cereais. Às 6 horas os demais acordavam. Todos tomavam café
juntos, sempre respeitando a ordem de se servir do mais velho para o mais novo.
Após isso ele era responsável por organizar tudo e então se reunia com o Ancião
e com os três Druidas mais antigos para que começasse seu treinamento, como
havia ordenado o Espirito Guardião. Seu treinamento só parava, mais ou menos às
21 horas, quando todos se recolhiam para descansar. Antes disso nem refeições
eram feitas por ele, apenas uma pela manhã e outra antes de dormir.
Esta era sua
rotina nos dias que não tinham celebrações, senão ele deveria ajudar em todas
as etapas de preparação e execução das celebrações. Seu treinamento consistia
em aprender as poções, os encantamentos, os rituais, mas, além disso, Owen
conseguia fazer mais, conseguia falar com os outros seres. Conseguia conversar
com os animais, e com os seres mágicos da floresta. Uma tarde, quando estava
caminhando pela floresta, despreocupado, encontrou-se com Karion, o Centauro.
Karion era o chefe dos centauros. Era o
comandante da legião dos guerreiros. Era um ser muito sábio. Era alto, seus músculos
bem definidos, sua metade cavalo possuía um pelo brilhante negro como a noite. Assim
como a maioria dos centauros possuía um arco e flecha e era um exímio arqueiro.
Era capaz de acertar uma flecha numa borboleta em pleno voo. Usava um colete
feito de pele, o qual identificava sua posição no grupo. Seu arco era feito de
madeira negra. As flechas eram produzidas com ossos, o que as tornavam muito
fortes e afiadas. Além do arco e flecha possuía uma adaga, mitiron, um metal
extremamente duro e resistente, produzido pelos anões ferreiros que viviam nas
montanhas de Rohaym. Este metal era produzido por uma mistura de outros metais
que só os anões de Rohaym sabiam produzir e só eles sabiam como trabalhar este
tipo de metal.
Owen começou a
conversar com Karion sobre tudo o que estava acontecendo. Karion lhe disse que
tinha um amigo que queria falar com Owen, e que este amigo tinha um presente
para lhe dar.
- Um presente? Que
tipo de presente? – Perguntou Owen.
- Um presente
que será de grande utilidade. Algo que é seu por direito, e que só você poderá controlar.
Owen ficou sem
entender muito bem do que se tratava, mas, como tinha total confiança em Karion,
aceitou.
- Vamos lá
então falar com este seu amigo. – disse Owen.
- Calma rapaz –
disse Karion – tudo ao seu tempo, afinal o seu presente ainda não esta pronto. Assim
que ele nascer eu irei procurar você para irmos busca-lo e saber se é seu mesmo
ou não.
- Quando ele
nascer?
- Sim, quando
ele sair do ovo. E não adianta me perguntar o que é, pois prometi a este amigo
meu que não lhe contaria, pois não quero estragar a surpresa. Tenho que ir
agora, mas em breve venho lhe buscar.
E saiu trotando
pela floresta até sumir. Owen ficou pensativo e ansioso para saber o que seria
o tal presente que ganharia. Continuou sua caminhada e no entardecer voltou
para a aldeia.
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