Capitulo
10
Por dentro da
montanha se formava outro mundo. Ao entrar pelo portão havia um salão
principal, uma praça, enorme. O teto parecia o céu estrelado, mas o que
brilhavam não eram estrelas e sim cristais e pedras preciosas o chão era feito
de pedra bruta que parecia mármore. Colunas gigantescas sustentavam o teto da
praça principal, onde ficavam os mercadores. Goblins, Orcs e Anões, cada um com
sua barraca. Cada um com seus produtos. Os produtos lá vendidos não eram
encontrados em nenhum outro lugar, principalmente as ervas cultivadas e o metal
com que eram feitas as armas dos Anões, o mitiron. Era praticamente um mercado
livre, onde qualquer pessoa, ou ser, poderia vender o que quisesse.
Passaram pelo
meio das barracas pela rua central, até uma escadaria. Karion indicou onde Owen
poderia deixar o cavalo, pois de agora em diante iria a pé. Owen fez o que
Karion lhe indicou. Começaram a subir as escadas entalhadas no interior da
montanha. Owen estava maravilhado com toda a beleza que a imensa montanha
escondia. Chegaram ao alto da montanha onde varias portas podiam ser vistas. O
caminho para estas portas era variado. Para algumas o caminho era feito pela
montanha, outras possuíam pontes feitas de cordas e madeira que ligavam varias
delas a estrada principal, que ficava no topo da escadaria, onde Owen e Karion
se encontravam no momento.
Karion tirou de
dentro de sua bolsa um pergaminho, um mapa da montanha. Olhou bem e chamou Owen
para segui-lo. Seguiram por uma estrada que estava na encosta da montanha. Após
outra olhada no mapa subiu em uma das pontes, que começou a balançar levemente.
Owen se segurou nas cordas laterais que sustentavam a ponte e seguiu Karion
andando vagarosamente para que não balançasse tanto. Olhou para baixo e viu que
existia um abismo que terminava no teto do salão principal.
Continuaram
caminhando até chegarem do outro lado onde, novamente, havia uma estrada
entalhada na encosta da montanha. Caminharam mais uns metros até chegarem em
uma porta de madeira, onde haviam alguns desenhos entalhados e na porta os
escritos: “Ogonbah, o Domador”.
Karion bateu na
porta. Ouviu-se um resmungo lá dentro e om barulho de chaves na porta. Em
seguida a porta se abriu, rangendo, e lá de dentro surgiu um ser de pele
esverdeada, orelhas pontudas muito grandes, ou longo nariz pontudo e um queixo
que era coberto por uma barba rala e grisalha. Seu corpo era musculoso, e muito
bem definido, apresentava alguma queimaduras e cicatrizes pelo corpo, inclusive
uma que passava sobre seu olho. Os dedos de suas mãos eram compridos com unhas
que mais pareciam garras. Olhou para Owen e em seguida para Karion, que disse:
- Olá, velho
amigo, Ogonbah!
- Olá Karion.
O ser estranho
que abriu a porta era Ogonbah, o domador.
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