Não há como não relacionar os antigos monumentos de pedras aos clássicos druidas.
Ainda discute-se se os druidas foram os grandes responsáveis pelas construções dos megálitos encontrados nas regiões que posteriormente foram habitadas pelos celtas. Isto ocorre porque alguns acreditam que a classe dos druidas antecedeu aos chamados celtas, mas que se firmou do modo que conhecemos nestas sociedades - também atingindo seu auge entre estes povos.
Algo que ainda divide estudiosos e historiadores é se estes antigos sábios utilizaram, ou não, os monumentos circulares em cerimônias religiosas. Eu, particularmente não consigo conceber a ideia de que os druidas, principalmente os das Ilhas Britânicas, vissem tamanhos monumentos, com todo seu misticismo, e simplesmente os desprezassem como insignificantes pedras erguidas. Sábios, fisósofos, teólogos, astrólogos que eram, não poderiam simplesmente deixar de lado toda representatividade destes megálitos, quando se sabe que muitos deste locais serviram por tanto tempo como observatórios e calendários astronômicos.
Não somente para os celtas e seus ancestrais, mas boa parte dos povos antigos consideravam o círculo a forma perfeita da natureza. Toma-se como principal símbolo o Sol e a Lua, deidades antigas em seus formatos circulares, que representavam bem esta ideia. Também a maneira como estes seguiam suas rotas pelos céus.
A mudança das estações era vista de forma circular, assim como a vida em suas etapas - nascimento, morte e reencarnação. Sobre os círculos de pedras - também conhecidos como cromeleques - tomo a liberdade de reescrever as palavras de Philip Carr-Gomm, um dos líderes da O.B.O.D (Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas) que se encontram no livro "Os Mistérios dos Druidas" :
"A geomancia é conhecida em todo o mundo, podendo ser definida como a arte e ciência que determina a disposição correta de templos, círculos sagrados, sepulturas e monumentos em relação às forças do céu e da terra. Trata-se de um conhecimento da sacralidade da terra e um dos seus pressupostos de base é o de que esta transporta correntes de energia vital que fluem em linhas, da mesma forma que no nosso corpo também correm veios de energia sutil, conhecida pelos acupunturistas pelo nome de "chi".
Por todo território associado aos antigos druidas, podemos encontrar círculos de pedras em pontos significativos ao longo daquelas artérias do "Espírito da Terra"... Os radiestesistas sempre afirmam que os locais onde podemos encontrar aqueles monumentos emitem fortes radiações, sendo muitas vezes o ponto de cruzamento de correntes de águas subterrâneas... Por volta de 1990, já tinham sido analisados mais de vinte círculos de pedras com recursos a manômetros e outros instrumentos, tendo-se descoberto que, sem exceção, todos eles se encontravam em terrenos que apresentavam índices anômalos de energias naturais quando comparados com os terrenos circundantes. Descobriu-se, além disto, que todos eles ficavam por cima, ou muito próximo de falhas geológicas, o que resulta numa intensificação dos campos magnéticos da terra nestes locais... Encontrando índices significativos de concentração de ultras-sons em vários locais onde existiam pedras erguidas. Estes sinais eram mais fortes pela madrugada, mas tornavam-se ainda mais poderosos na altura dos equinócios de primavera e outono.
Os homens e mulheres que construiram e trabalharam nestes círculos eram claramente pessoas notáveis, que não só conseguiram os feitos de engenharia necessários para a sua construção como os aplicaram respeitando os limites impostos por uma geometria sofisticada e pela ciência da medição, as quais conjugaram com a sua compreensão dos campos de energia (para determinarem a localização de cada círculo) e da astronomia (para determinarem a localização exata de cada pedra."
Druid Menhir
Compreende-se assim que os locais onde foram erguidas as antigas pedras dispostas em forma circular não eram eleitos ao acaso, mas estavam de acordo com a energia que emanava do local. Os métodos utilizados pelos que construiram tais círculos ainda é um mistério, já que certos recursos e equipamentos de medição não estavam disponíveis há milênios atrás. Isto sem contar com a forma ainda intrigante com que os blocos eram movidos.
Sabe-se também que as pedras eram selecionadas de forma muito cuidadosa, sendo muitas vezes extraídas de pedreiras distantes e transportadas por quilômetros - como Stonehenge, cuja as pedras são provenientes do País de Gales.
Alguns acreditam que muitas destes blocos eram escolhidos por possuírem energias peculiares. Por este motivo, não utilizavam certos exemplares de rochas disponíveis em pedreiras mais próximas.
Sem dúvidas, os esforços dispensados nas construções de tais monumentos, a escolha do local e a forma com que as pedras eram dispostas, faziam do lugar um espaço sagrado.
As formas circulares, espiraladas e em elipse, eram as preferidas pelos antigos celtas. Isto pode ser notado claramente através das figuras e desenhos esculpidos em pedras e menires.
É provável que os druidas acreditassem mesmo que a energia vital fluía de modo circular. Contudo, não há como saber se foram coparticipantes destas construções, ou aprenderam com os descendentes daqueles e os construiram.
As danças ritualísticas eram circulares, reuniões e celebrações eram normalmente organizadas em círculos. Sendo assim, a energia do local e dos participantes podia interagir e correr de modo mais fluente.
Certamente o círculo é a forma que representa a força em movimento e a vida em seu fluxo. Não é de se estranhar que ainda seja considerado por muitos, uma forma geométrica sagrada.
As danças ritualísticas eram circulares, reuniões e celebrações eram normalmente organizadas em círculos. Sendo assim, a energia do local e dos participantes podia interagir e correr de modo mais fluente.
Certamente o círculo é a forma que representa a força em movimento e a vida em seu fluxo. Não é de se estranhar que ainda seja considerado por muitos, uma forma geométrica sagrada.
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