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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Memórias de um Druida

Antes de começar o proximo capitulo peço desculpas aos meus leitores por ter deixado vocês esperanto tanto tempo. Acredito que agora as coisas irão fluir melhor e com mais frequencia. Segue proximo Capitulo.
 
Capitulo 20
Escuridão, frio, uma nevoa densa que dificultava ainda mais a visão. Sons estranhos, grunhidos, gritos capazes de fazer a espinha de qualquer um congelar. Definitivamente o pior lugar do mundo.
- Temos que permanecer juntos! – gritou Karion.
Toryg rapidamente esticou a asa na frente de Owen e Karion, bem a tempo de evitar que algo atingisse os dois.
- O foi isso? – perguntou Owen.
- O que foi não. O que é isso. – disse Karion – e pelo que pude notar parece ser algo que ninguém que encontrar.
Seja o que fosse que havia atingido a asa de Toryg, continuava lá, e parecia estar furioso pelo som que emitia. Não conseguiam distinguir o som, mas definitivamente estava furioso. Podiam perceber que a ‘coisa’ estava tentando rasgar a asa de Toryg, e devido à força que o dragão estava fazendo, era algo bem grande. Toryg fechou a outra asa e abaixou a cabeça entre elas, formando uma espécie de cúpula, mantendo Karion e Owen a salvo.
- Temos que fazer alguma coisa! Não podemos ficar aqui esperando que esta ‘coisa’ nos mate. – disse Owen.
- Temos que pensar bem. Não sabemos o que é esta coisa, mas tenho meus palpites. Os centauros têm lendas sobre este lugar, e sobre o que vive neste lugar, e uma delas é sobre uma besta gigante, que surgiu de uma mutação, e se tornou um ser altamente destrutivo. Os anciãos a chamam de Fíochmhar, o Destruidor. E pelo que parece não é só uma lenda.
...
Fíochmhar, o Destruidor, é uma besta que lembra, em partes, o animal que deu origem a ele, o Grande Gato Dente de Navalha, que era muito parecido com o tigre dente de sabre, mas com dimensões bem maiores. Fíochmhar sofreu mutações devido às mudanças do habitat. Sua pele perdeu todo o pelo, e deu lugar a uma espessa carapaça, uma casca que revestia toda sua pele, o que o tornava quase que imortal. Seu corpo havia crescido desproporcionalmente, o que o tornou uma criatura com uma cabeça e membros dianteiros enormes e muito poderosos. Suas presas tinham o tamanho de um jovem de seis anos. Seus dentes sempre estavam à mostra, seus olhos eram brilhantes, para que pudesse ver sua presa no escuro. Suas patas eram enormes. Era quase do mesmo tamanho que um dragão adulto, mas muito mais assustador. Sobre as costas havia placas, que formavam pontas extremamente afiadas. Tinha fome o tempo todo, e era capaz de comer qualquer coisa. Nada era capaz de acalma-lo, e até agora nem de mata-lo. Mas tinha uma coisa de bom em tudo isso, só existia um Fíochmhar.
...
Owen, que já estava bastante assustado, agora parecia aterrorizado. Já havia ouvido as historias sobre Fíochmhar, mas sempre pensou se tratar de uma lenda. Algo inventado pelos anciões para assustar as crianças. Jamais havia pensado que tal ser poderia existir de verdade. Mas existia. E o pior estava atacando eles.

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