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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 19

O sol estava nascendo. Ainda era possível sentir o calor do deserto, mas também já podiam sentir o que lhes esperava. Bem a frente Tugyak se levantava, assombrosamente, e mesmo com o sol forte da manhã não era possível enxergar muito longe, pois a escuridão tomava conta do lugar.

- Temos que continuar. – disse Karion.

Toryg se levantou. Bateu as asas para limpar a areia que os ventos da noite haviam depositado sobre elas. Levantou a cabeça e olho floresta adentro, na esperança de que pudesse enxergar além, mas até para um dragão isto era difícil. Decidiram seguir em frente.

Ao entrarem em Tugyak puderam sentir a extrema mudança de temperatura. Karion vestiu-se com um pala feito de pele de cordeiro. Owen cobriu-se com um casaco produzido com lã de carneiro negro das montanhas. Mesmo assim o clima ainda estava frio. A falta de luz solar criou formas únicas em Tugyak. Não demorou muito para que se deparassem com uma delas, e diga-se de passagem, uma das mais perigosas: Ollphéist.

...

A Ollphéist pode ser definida como uma aranha gigante. Tal montro só pode ser encontrado em Tugyak, e é uma aranha com incriveis 7 metros de altura. Não bastasse este tamanho que ja motivo suficiente para amedrontar qualquer ser, ela é estremamente venenosa. Sua saliva é mais poderosa que qualquer acido encontrado na natureza. Pode dissolver qualquer material. Suas presas espelem veneno e ela produa um fio de teia mais resistente que qualquer outra corda ja produzida. Em resumo, um ser assustador.

...

Ollphéist parou em frente aos três, mostrando suas presas e fazendo um som extremamente alto e agudo. Nota: o som produzido pela Ollphéist deixava seus inimigos atordoados, facilitando assim a captura dos mesmos. Este som não tinha o menor efeito sobre dragões, mas claro que Ollphéist não sabia disso. Karion e Owen tentaram tapar seus ouvidos em vão, o som já esta dentro de suas cabeças. Ao ver os dois caídos Ollphéist começou a se aproximar dos dois, que já se encontravam no chão, sem poder aguentar a dor que o som produzia em seus crânios. Ollphéist se ergueu diante deles e quando preparou suas presas para agarra-los o som silenciou. Karion e Owen foram se levantando lentamente, ainda sentindo um pouco de dor e tontura, quando avistaram Ollphéist caída, com o peito em chamas. Olharam para traz e puderam avistar Toryg, com as narinas exalando fumaça e o peito ofegante. O Dragão havia, pela primeira vez, cuspido fogo. E não fora simplesmente uma chama, mas uma chama capaz de derrubar e, que sabe, até matar Ollphéist.

Toryg estava ofegante e, de suas narinas, ainda saiam fagulhas. Karion e Owen estavam espantados com o acontecido. Puderam sentir o calor emanado do fogo que Toryg havia expelido contra Ollphéist, mas jamais poderiam imaginar que ele poderia mata-la com apenas um golpe.

-Muito bem Toryg! – disse Owen.

-Que bom que vocês estão em sintonia, a batalha esta só começando – disse Karion.

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