Capitulo
15
Muito tempo se
passou. Toryg já havia atingido seu tamanho adulto. Owen estava muito bem
treinado e já podia comunicar-se com os demais seres sem nem ao menos olhar
para eles. Podia também ouvir os espíritos e estava mais forte do que nunca.
- Chegou a hora
que eu mais temia. – disse o Ancião a Owen – A hora de deixa-lo ir. Você nasceu
para um proposito garoto e chegou a hora de cumpri-lo. Sua missão é a mais
difícil de todas e lhe garanto que ninguém gostaria de ter este destino.
- Fique calmo –
disse Owen – fui muito bem treinado e estou preparado para enfrentar o que for
preciso. Além disso, tenho a companhia de Toryg.
- E a minha! –
ouviu-se uma voz vinda da floresta. Olharam para ver de que era aquela voz.
Saindo da floresta estava Karion.
- Não vou
deixar você ir sozinho. Vou junto nesta jornada.
- Acredito que
seja de grande ajuda ter alguém tão sábio junto Owen – disse o Ancião.
- Tudo bem –
concordou Owen – partimos amanhã de manhã. Vamos para o norte. Pelas
informações que nos chegaram dos povos que vivem lá, o portal fica nas Cavernas
de Tugyak, e de lá estão saindo os piores seres já vistos. Todos estão
assustados e estão fugindo para outros lugares, pois lá já não é mais seguro.
- Tugyak fica
muito longe – disse Karion – são sete dias de viagem pelo deserto de Pryat. Se
quiser mesmo ir até lá devemos sair agora mesmo e levar o máximo de agua que
conseguirmos carregar.
Owen pensou.
Olhou para Toryg, que consentiu com a cabeça. Pegou sua mala, alguns cantis e
saíram iriam encher os cantis na fonte dos Druidas e partiriam para a longa
viagem.
....
As cavernas de
Tugyak sempre foram um local sombrio, sobre as montanhas se mantinham nuvens
densas e negras, por isso as cavernas sempre estavam nas sombras. Estas nuvens
eram formadas devido aos gases e poeira que eram exalados do vulcão que ficava atrás
das cavernas. Por não receber luz do sol, nada crescia em torno das cavernas, o
solo era pobre e não existia vegetação viva, o que existia eram algumas arvores
seca que, nas sombras causavam um aspecto sombrio e assustador. Os animais e
seres que lá viviam acabaram se desenvolvendo ara enxergar na escuridão, e como
a falta de alimento se tornou grande, os animais tornaram-se extremamente
violentos o que fez as cavernas se tornarem o lugar mais perigoso já conhecido.
O que poucos sabiam é que elas escondiam uma porta secreta. A porta para o
submundo. Um portal aguardando o momento certo para se abrir, e com isso libertar os demônios e seres que habitavam o
submundo.
Mas para chegar
às cavernas de Tugyak era preciso atravessar o deserto de Pryat, um vasto campo
de areia e sal tão perigoso quanto às cavernas. Além da temperatura extrema,
Pryat era o habitat dos animais mais venenos que se tinha conhecimento, e todos
eles desenvolveram a habilidade de se camuflar em meio a areia. Escorpiões-de-fogo, Serpentes Nimhiúil, o temível
Escaravelho Feoiliteoir. Além disso, podia se encontrar o Dragão de Pryat, um temível
lagarto alado capaz de consumir uma cidade inteira em questão de horas. Este dragão
é conhecido por sua fome insaciável, e o calor extremo exalado de sua pele,
capaz de transformar areia em vidro, criando uma das mais belas joias por onde passa.
A Pegada de Pryat. Uma joia muito cara e muito comercializada como enfeite de
casas. Acredita-se que ela afasta o azar.
Temos ainda os
habitantes do deserto. Os Siwaugila. Seres humanoides dotados de uma pele seca,
como a dos lagartos. São povos resistentes ao calor e que sobrevivem sem agua e
sem alimento por muito tempo. São seres de, no máximo, 1 metro de altura, com a
musculatura desenvolvida. São exímios corredores e sabem se camuflar muito bem.
Sua pele possui uma tonalidade amarelada, quase a mesma cor da areia, e
revestida de escamas nas costas e na cabeça. Possuem os dedos muito longos e
são dotados de garras. Apesar desta aparência, possuem um alto conhecimento em
fabricação de arma, em arquitetura e até um sistema de escrita. Sabem falar vários
idiomas, inclusive o dos humanos, além disso, podem se comunicar com os demais
repteis.
...
Owen e Karion
estavam saindo da floresta, que estava cada vez mais aberta. Já podiam ver o
deserto a sua frente e já conseguiam sentir a mudança de temperatura que teriam
que enfrentar. Pararam e começaram a se preparar com as roupas para entrar no
deserto.
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